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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 27, 2012

Ou seja, os governos Lula e Dilma são o grande diferencial no progresso do povo brasileiro

 

Mortalidade infantil cai quase 50% em dez anos do Brasil, revela IBGE

Segundo o Censo, taxa da óbitos de crianças menores de 1 ano caiu de 29,7‰ em 2000 para 15,6‰ em 2010

iG São Paulo

A taxa de mortalidade no Brasil segue a tendência de queda dos últimos anos e caiu 47,6% no Censo 2010 em relação ao índice de coletado em 2000. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou novos dados da pesquisa nesta sexta-feira, a taxa de mortalidade infantil brasileira caiu de 29,7‰ do Censo de 2000 para 15,6‰ em 2010, isto é, 15,6 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos.
De acordo com o IBGE, os principais condicionantes econômicos e sociais da mortalidade infantil que atuaram na queda histórica desse indicador no Brasil estão ligados a intervenções na área de políticas públicas, especialmente no campo da medicina preventiva, de saneamento básico, na ampliação dos programas de saúde e campanhas de vacinação.
O declínio mais acentuado dessa taxa, no período 2000/2010, foi observado na região Nordeste, 58,6%, e o menor, na região Sul, 33,5%. Essa última região já apresentava níveis relativamente baixos de mortalidade infantil.
Apesar dos altos declínios observados, ainda falta certa distância a percorrer para que o Brasil se aproxime dos níveis de mortalidade infantil das regiões mais desenvolvidas do mundo, em torno de cinco óbitos de crianças menores de 1 ano de idade para cada 1 000 nascidos vivos.
 

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