Carlinhos
Cachoeira não foi o primeiro acusado de crimes graves e de grande
repercussão na sociedade a utilizar-se do direito de ficar calado para
esvaziar os processos em que foram denunciados.
Um
dos casos mais famosos é o do traficante Antônio Francisco Bonfim
Lopes, o Nem. Assim como Cachoeira, o chefão da facção criminosa que
controlava a favela da Rocinha era considerado um arquivo vivo de
informações sobre a corrupção de policiais e políticos com quem se
relacionava. No entanto, em janeiro deste ano, ele optou por se calar ao
ser ouvido, via videoconferência, pelo juiz responsável por seu
processo.
Outro
notório criminoso que utilizou do mesmo precedente foi Lindemberg
Alves, que manteve em cárcere privado a namorada, Eloá Cristina
Pimentel, de apenas 15 anos, e um grupo de amigos da jovem durante cerca
de 100 horas. Lindemberg, que respondeu por 11 crimes, entre eles o
assassinato de Eloá, também escolheu ficar em silêncio no seu depoimento
à Polícia Civil de São Paulo e na primeira audiência do caso, na qual
foi interrogado.
Como diria o sábio, "não há roubo com barulho. O ladrão rouba em silêncio"
Jornal do Brasil*Mariadapenhaneles
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