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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 20, 2013

Líbia antes da invasão (só prá não esquecer)


Via Diário Liberdade

 

libiadestruiçom
Líbia - FuturoSociologo - [Fernando Colhado]
Por que os EUA atacaram o Iraque, a Líbia e continuam nestas incursões por terras onde os países são ricos em Petróleo?

A resposta está na pergunta, é óbvio que o petróleo é o objetivo final. Mas tem um outro elemento: o presidente do Iraque no anos 2000 defendeu a exportação do petróleo na moeda Euro, o que de fato ocasionou a circulação das mais diversas matérias sobre o país ter armas de destruição em massa, o que não passava de propósito de desestabilizar o país e impedir que isto ocorresse. Já na Líbia não foi diferente, mas a exportação seria com base no Ouro, o que é relevante para um ataque, tendo em vista que o Federal Reserve não possui tal moeda de troca. Isso deixou-os desesperados, e também aos europeus, levando ao resultado desastroso que vimos recentemente.
Importante ressaltar a questão da Líbia, quanto ao respeito aos cidadãos. Sim eu disse respeito, por se tratar de algo impensável para quem se informa diariamente na mídia hegemônica, se analisar alguns detalhes que nem mesmo os ditos socialistas do Ocidente que ascenderam ao poder conseguiram (ou simplesmente não quiseram ir tão longe) como o mandatário do país norte-africano, Muammar al-Gaddafi. Digo isto por algumas razões, dentre elas:
- Financiamento da educação para estudar no exterior;
- Educação e saúde gratuitas e de qualidade ao povo da Líbia;
- Eletricidade gratuita aos cidadãos;
- Retorno de 50% do valor pago na compra de um automóvel;
- Valor do combustível em 0,14 dólares/litro.
- Juros de 0% em empréstimos de bancos estatais, simplesmente por não ter nenhuma ligação com a família Rothchild;
- E um salto de 5% para 83% da alfabetização do país;
Estes elementos construíram o avanço que teve a Líbia de país mais pobre do mundo na década de 1950, chegando recentemente a marca de país mais rico do continente africano. É evidente, como se observa nos exemplos citados, que o desenvolvimento econômico e social está intrinsecamente dependente  das políticas estabelecidas que elevaram o país a este patamar.
Os ataques ao país planejados e executados da OTAN foram devidos ao medo do Ocidente ter perdas inestimáveis do poderio que os mantém no auge da pirâmide global e em relação à decisão do mandatário Muammar Kadafi de não comercializar o petróleo na moeda comum (dólar), o que causou um desespero mútuo nos países desenvolvidos, principalmente os EUA.
O desfecho dos ataques ao país deixaram a Líbia destruída. Já não mais se ouvem em qualquer noticiário informações de ataques existentes entre as diferentes tribos, que eram controladas por Gaddafi, quem foi morto nos ataques do imperialismo na região e a qual, logo após sua morte, foi administrada pelo Conselho Nacional de Transição.
*GilsonSampaio

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