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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Presidenta de Brasil advierte tentaciones coloniales de Francia en Mali

Rousseff ofreció declaraciones junto a altos delegados europeos en Brasilia (Foto: EFE)
La presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, advirtió este miércoles que las acciones militares emprendidas por Francia en Malí podrían ser frutos de “tentaciones coloniales”, motivo por el cual solicitó la intervención inmediata de la Organización de Naciones Unidas (ONU) en al disolución de ese conflicto.
"Con respecto a esta cuestión de Malí, defendemos la sumisión de las acciones militares a las decisiones del Consejo de la Seguridad, con atención a la protección de los civiles. (pero) El combate al terrorismo no puede violar los derechos humanos, ni restablecer ninguna tentaciones, incluso las viejas tentaciones coloniales", resaltó Rousseff.
Así lo manifestó, tras un encuentro que sostuvo en Brasilia con los presidentes del Consejo Europeo, Herman Van Rompuy, y de la Comisión Europea, José Manuel Barroso, en el marco de una cumbre bilateral.
En ese sentido, reiteró su preocupación por el desenvolvimiento de la situación en ese país centro-africano y abogó por la participación de las agencias internacionales, para alcanzar una solución pacífica.
La Dignataria también precisó que fueron los acontecimientos ocurridos durante la intervención militar en Libia los que desbordaron en Malí, debido al acceso a las armas que potencias mundiales ofrecieron a los grupos rebeldes que hoy generan inestabilidad en la nación africana.
Actualmente, más de dos mil 300 tropas militares francesas están desplegadas en Malí, sumados a los miles de soldados de la fuerza de la Unión Africana que fueron enviados, previa aprobación de la ONU.
El Gobierno francés alega que su lucha apunta al combate de presuntos grupos armados. Sin embargo, organizaciones internacionales y agencias de noticias afirman que la guerra francesa tiene como objetivo hacerse con los recursos naturales de este país, especialmente el uranio que abunda en su territorio.
Por otro lado, Rousseff aprovechó la ocasión para referirse al caso de Siria, reafirmando su posición de rechazo a la violencia desatada en ese país árabe y expresando su apoyo al enviado especial de la ONU y la Liga Árabe, Lakhdar Brahimi
Adicionalmente, la Presidenta mostró nuevamente su respaldo a la creación de un Estado independiente palestino, así como al reestablecimiento de un diálogo entre Israel y Palestina.
Por último, la Mandataria confirmó su asistencia a la Cumbre de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (Celac) y la Unión Europea, que se realizará en Santiago de Chile, en la cual Cuba asumirá la presidencia del bloque regional.
teleSUR-PL-HispanTV-Nación/MARL

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