Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 24, 2013

Prefeitura de São Paulo, em alinhamento com as diretrizes do governo federal, come a grande mídia pelas beiradas, sem ferir a democracia.

 


Esta é a maneira certa de se dar combate à grande mídia. 
Fernando Haddad emprestará tablets nas praças de São Paulo, nas quais haverá acesso gratuito à internet. 
O governo da esquerda dá mais opções de informação à população. 
Informação livre do crivo dos oligopólios da mídia. 
Criar uma nova lei de mídia seria, no meu ponto de vista, um pouco de demagogia, pois o Artigo 220 da Constituição já prevê todas as aberrações que ocorrem hoje com relação aos grandes conglomerados de comunicação, por exemplo, e qualidade de informação. 
Ao invés de reinventar uma lei que já existe, vamos fazer cumprir a Constituição. 
Contudo, o que será que aconteceria se o governo tentasse colocar em prática esta lei? A conclusão é fácil. 
A direita, imediatamente, se lançaria em uma cruzada religiosa contra os "carrascos da ditadura contra a liberdade de imprensa e de expressão", Lula e Dilma. 
Ao passo que se damos acesso à internet, à maior parte da população, nós estaremos asfixiando os grandes monopólios de mídia. 
Pois, a partir do momento em que as pessoas têm a capacidade de comparar e avaliar as informações que elas recebem, elas passam a decidir o que elas querem ouvir. 
A internet, sim, representa a verdadeira liberdade de imprensa e de expressão e o governo deve trabalhar em cima disto. 
Atualizado: 22/05/2013 08:18 | 
Por DIEGO ZANCHETTA E RODRIGO BURGARELLI, estadao.com.br 
Prefeitura vai emprestar tablets em praças públicas 
A Secretaria Municipal de Serviços vai comprar tablets que poderão ser retirados pela população nas 120 praças de São Paulo onde serão instalados pontos de Wi-Fi gratuitos. 
Segundo o secretário da pasta, Simão Pedro, os aparelhos devem ser retirados gratuitamente após a apresentação do documento de identidade, que ficará retido até a devolução. 
"Serão pelo menos uns 40 tablets por praça, esse é o nosso objetivo. A pessoa deixa o documento e fica usando o equipamento na praça com Wi-Fi", afirmou Simão ao Estado. 
Os pontos públicos de internet banda larga serão instalados em todos os 96 distritos de São Paulo, em locais de grande concentração de pessoas, de acordo com o governo. 
Outubro 
O edital para a compra dos tablets deve ser publicado até o fim de junho, conforme o secretário. 
A expectativa da Prefeitura é de que o serviço de Wi-Fi nas praças esteja funcionando em outubro e atenda 190 mil usuários por mês. 
Ainda não há previsão de quanto o projeto vai custar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
*cutucandodeleve

Nenhum comentário:

Postar um comentário