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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 30, 2013

Se é bom para os EUA, é péssimo para o Brasil


O governo dos EUA eliminou os intermediários. 
Depois que morreram Roberto Civita e Ruy Mesquita, e com a perda total de credibilidade de FHC, os EUA resolveram mandar o Vice para ver se o Brasil volta a ser quintal. 
Querem por que querem o Brasil volte adotar a Teoria da Dependência. 
Sem saudades dos tempos em que nossos ventríloquos faziam a alegria de Washington, pois sequer reclamavam de terem de tirar os sapatos para entrar na Casa Grande. 
Fossem acreditar nos colunistas do PSDB, teriam ficado em casa,pois o Brasil a se acreditar nos grupos mafiomidiáticos, está fundo do poço. 
Ao facilitarem os vistos os EUA estão mirando na venda de quinquilharias em lojas de Miami para nossos desempregados… 
Brasil não é mais emergente, afirma Biden 
Em visita ao Rio, vice dos EUA diz que brasileiros já se desenvolveram e fala em ‘nova era’ nas relações bilaterais 
Para número 2 da Casa Branca, país provou não ser preciso escolher entre política social e economia de mercado
DENISE LUNAFÁBIO SEIXASDO RIO 
O primeiro dia da visita de Joe Biden ao Brasil foi de exaltação à liderança regional do país e de sugestões para uma atuação ainda mais global–embora reconheça a ascensão internacional brasileira. 
Além disso, o vice americano defendeu o estreitamento das relações comerciais e acenou para a facilitação de vistos de entrada nos EUA. 
"O Brasil não é mais um país emergente. O Brasil emergiu, o mundo todo já notou", disse o vice, em pronunciamento para cerca de 500 pessoas no Píer Mauá (zona portuária do Rio). 
Foi seu primeiro evento público no país. Disse que Barack Obama e ele creem no início de "uma nova era" nas relações dos EUA com as Américas Central e do Sul. 
"E nenhum parceiro é mais significativo nessa iniciativa do que o Brasil." 
Por isso, argumentou, a presidente Dilma Rousseff foi convidada para se reunir com Obama em outubro: 
"Será a única visita de Estado a Washington em todo o ano".  
Biden elogiou programas como Fome Zero e Bolsa Família, afirmando que o mundo vê o Brasil com inveja. 
"Vocês mostraram que não há a necessidade de escolher entre democracia e desenvolvimento, entre economia de mercado e política social." 
E citou quatro pontos em que Brasil e EUA deveriam trabalhar mais próximos. Começou com as relações econômicas, mencionando as colaborações entre Boeing e Embraer. 
"Os negócio entre os dois países ultrapassam US$ 100 bilhões por ano. Não há razão para que não cheguem a US$ 400 bilhões ou US$ 500 bilhões", declarou. 
Falou ainda sobre a questão da energia. 
"Vocês são líderes mundiais em biocombustíveis, e estamos aprendendo com vocês", afirmou. Elogiou a liderança do país na América do Sul, mas sugeriu que o Brasil participe mais de questões mundiais. 
Por fim, tocou na questão dos vistos, destacando os esforços dos EUA para tornar mais rápidas as emissões das permissões de entrada para turismo, negócios e estudos. 
À tarde, Biden também teve encontro fechado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, e depois com empresários brasileiros, como Jorge Gerdau e Eunice Carvalho (Chevron), entre outros. 
Ele reforçou o interesse dos EUA e m intensificar parcerias entre empresas brasileiras e americanas em todas as áreas da economia, "além da energia e do aço", mas não tratou de nenhum tema específico. 
"Podemos ir muito além na nossa cooperação. O Brasil é uma das nações mais poderosas do mundo, na frente de Índia, na frente da Rússia", disse Biden após a reunião. 
Hoje, ele se reunirá com autoridades do setor de segurança e, ao lado da mulher, Jill Biden, irá ao morro Dona Marta. À noite, embarca para Brasília, onde terá encontro com Dilma amanhã. 
do Blog Ficha Corrida
*cutucandodeleve

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