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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 31, 2013

Sócio de Valério confirma que fez parte da coordenação da campanha de Aécio Neves em 2002

Por que Aécio está no palanque ao lado de Joaquim Barbosa, em vez de estar denunciado junto com os outros?
Ramom Hollerbach confirmou que fez parte da coordenação da campanha de Aécio em 2002. 
Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério, recebeu a segunda maior pena no julgamento do "mensalão": 29 anos, 7 meses e 20 dias de prisão. Na edição desta semana, a revista IstoÉ trouxe reportagem com ele e seu outro sócio, Cristiano Paz (também condenado, a mais de 25 anos). Ambos concederam entrevista exclusiva ao jornalista Paulo Moreira Leite.
Entre várias inconsistências que eles apontam no julgamento, desde interpretações equivocadas até fatos inverídicos apresentados como se tivessem ocorrido, uma informação nova citada é explosiva.

A certa altura a reportagem, discretamente, afirma: "Em 2002, Hollerbach fez parte da coordenação da campanha que levou Aécio Neves ao governo de Minas Gerais".

E agora? Como explicar a blindagem de Aécio Neves nessa história toda? Por que o tucano mineiro ficou fora da denúncia? 

*osamigosdopresidentelula

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