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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 27, 2014


Juca Ferreira Secretário Municipal de Cultura no “Sambaquis” do Entorno Tombado do Teat(r)o Oficina

by Zé Celso
Imagem
Dia 26 de maio d  2014 , numa tarde com o Sol se pondo ,
Juca Ferreira atual Secretario Municipal d Cultura písa
o Terreno do Entorno Tombado do Teat(r)o Oficina pelo IPHAN dia 24 de junho de 2010,
durante sua brilhante gestão como Ministro da Cultura no Governo Lula.
Na foto Juca está no q chamamos SAMBAQUÍS : o TOTEM do TERRENO  TEKOHÁ Sagrado  que amplia o Oficina pro Universo  .
Os entulhos da demolição de todos os prédios do Grupo Silvo Santos acumularam-se nesta Montanha.
Com o Publico das peças semeamos girassóis, milhos ...agora está parecendo as Represas da Sêca atual
mas continua belo e pleno de sentido arqueológico desta Odisséia .
O SAMBAQUÍS traz toda memoria do Lugar e da Luta
Fizemos nós, alguns artistas do Oficina Uzyna Uzona e a equipe de Juca ,um passeio q começou
numa Aléia deixada pelo Grupo Silvio Santos depois de demolir todo Terreno.
Um Pomar de Frutos, Flores, Legumes e Perfumes
Iamos pisando um chão coberto de folhas do Outono
nesta maravilha :uma das muitas maravilhas ocultas em nossa Metropole .
Durante a Bienal de Arquitetura do ano passado os Arquitetos Carila Matzenbacher e Marília Oliveira Cavalheiro Gallmeister q trabalham nas peças q montamos , a Arquitetura Cênica do   Teat(r)o Oficina,
criaram com arquitetos Belgas e da America Latina inspirados nesta Aléia
um primeiro desenho de uma explosão do Entorno do Oficina abrindo-se para o Cosmos
e daí materializaram em desenhos precisos a continuação desta Aléia Maravilha ,
extendendo-se pelas ruas do Bixiga em Calçadas Pomar.
A Ministra Marta Suplicy tinha já visualisado uma praça q unisse o entorno Tombado do Oficina ao TBC e  á Casa de Dona Yayá.
Subimos até uma dos Portais do Terreno da Rua Santo Amaro .
De lá tivemos a visão do alto de todo Terreno num Por de Sol onde visualizamos a ligação destas calçadas pomares com a Vila Itororó,com a Praça Roosevelt ...etc...
constituindo Corredores Culturais abrindo-se por toda Cidade.
Uma Cobra sinuosa multicolorida perfurando, penetrando as Torres de Cimento da Especulação Imobiliária Financeira dando passagem para o presente anseio hoje,
de uma Vida sonhada não para o amanhã ,mas pra já.
Uma Cidade de Cimento,Carros ,Ruídos penetrada por Zonas de Silêncio Musical da Arte de Viver bem .
Delirei tanto q vi o Brasil todo com uma Cartografia Cultural num continuum que aos poucos iria trazendo
o Retorno da Terra ás suas Origens em Futuro Presente: respirável, até perfumado, silenciosamente musical .
O Sonho q ficou
até Enfadonho 
de mais de 33 anos aproxima-se a virar matéria Acordada
No Proximo Capitulo: as Imagens criadas com exatidão pelos Arquitetos
Até amanhã- no hoje eterno

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