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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 09, 2015

Os “mosqueteiros” da ética! Esses senhores querem cassar 54 milhões de votos


mosqueteiros

Cinco figuras que pertencem ao que há de mais honesto na política deste País tramam, dia e noite, para afastar Dilma da presidência da República

Em outras palavras, esses senhores, querem cassar 54 milhões de votos, com argumentos que causam furor nos menos desavisados. Vamos a eles:
(Fred Passos para o BR29)
Gilmar Mendes
É o ministro político do Supremo Tribunal Federal (STF). Julga qualquer processo com tamanha isenção que por vezes causa calafrios aos envolvidos. Sua esposa, Guiomar Mendes, trabalha em um escritório do Rio de Janeiro que possui causas a serem julgadas pela Corte Suprema. E, mesmo assim, Mendes não se julga impedido de atuar nos processos.
Mendes também já concedeu dois habeas corpus, em menos de 24 horas, ao banqueiro Daniel Dantas, envolvido na Operação Satiagraha, anulada pelo STF. Também concedeu habeas corpus ao médico Roger Abdelmassih, que depois fugiu do País.
Em dezembro de 2014, Mendes votou a favor da aprovação das contas da campanha da Dilma. Como Cunha anda mal das pernas, Mendes deu vazão ao plano B. Isso depois de se reunir com Cunha na semana passada. Imaginem! Um ministro do STF pedindo conselhos de um sujeito denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e investigado pela Polícia Federal (PF).
Aécio Neves
Aécio Neves está envolvido até o pescoço em falcatruas ainda não denunciadas pelo MPF junto ao STF, como a Lista de Furnas, e as viagens para o Rio de Janeiro, bancadas com dinheiro público.
Em 2007, quando governador de Minas, Aécio efetivou 98 mil servidores sem concurso público, por meio da Lei Complementar nº 100/07. Em março de 2014, o STF considerou a lei inconstitucional. Diversos ministros criticaram a iniciativa de Aécio, que poderia ter sido acusado de improbidade administrativa.
Foi Aécio quem teve a iniciativa de protocolar no Tribunal Superior Eleitoral (TCE) a denúncia contra as contas da campanha de Dilma. Ele acusou que a campanha da presidenta recebeu recursos ilegais das empresas investigadas na Lava Jato. O mais engraçado de tudo é que as campanhas de Aécio (presidente), de José Serra (senado) e de Geraldo Alckmin (governador) receberam, em 2014, recursos das seguintes empreiteiras investigadas na mesma operação: Andrade Gutierrez, UTC, Odebrecht, OAS, Camargo Correa etc. Mas o dinheiro doado pelas empreiteiros era tão limpo quanto uma lixeira!
Eduardo Cunha
Este é o maior cara de pau de todos. Graças a blindagem da mídia (Veja, Folha, Estadão, Globo, SBT, Band e Record) Eduardo Cunha segue presidindo a Câmara, apesar das inúmeras denúncias que pesam sobre ele, inclusive de ser o dono de contas abastecidas com milhões na Suíça.
É vergonhoso para o nosso País que, até o momento, nenhum partido tenha pedido o afastamento de Cunha da presidência da Câmara. Por menos do que isso, Renan Calheiros foi afastado do cargo em   2007. E os maiores fiadores de Cunha na Câmara são o PSDB e o DEM.
Augusto Nardes
Augusto Nardes é o relator das Contas de Dilma no TCU. Nardes deu várias entrevistas falando que votaria pela reprovação das contas de Dilma, por conta das chamadas “pedaladas fiscais”. FHC foi useiro e vezeiro dessa prática, mas nunca o TCU ousou confrontá-lo.
Nardes também está sendo investigado por ter recebido R$ 1,8 milhão, dividido em três parcelas de R$ 600 mil, da empresa SGR Consultoria, investigada na Operação Zelotes. A dinheirama seria uma comissão devida a Nardes por conta do cancelamento de uma dívida com o fisco de R$ 15 milhões de reais da RBS, afiliada da Globo no Sul.
José Agripino Maia
Agripino Maia é senador do Rio Grande do Norte. Esta semana, o Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para investigar o senador por crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Agripino Maia é suspeito de ter recebido propina dos executivos da OAS por conta de recursos desviados das obras da Arena das Dunas, no Rio Grande do Norte, que sediou quatro jogos da Copa do Mundo de 2014. A obra custou R$ 423 milhões, sendo R$ 100 milhões financiados pela OAS.
Portanto, caros leitores e únicos amigos, quais seriam os reais motivos para o golpe que estes senhores querem perpetrar contra a democracia?
Além dessas figuras, temos algumas afiliadas da Rede Globo envolvidas na Operação Zelotes (sonegação de impostos); e ainda executivos da Band, apresentadores de TV (Ratinho Massa), a madrasta dos Marinho (Globo), diretor da Veja, executivos de conglomerados de rádio e TV no Nordeste e executivo da Folha de São Paulo acusados de terem contas no HSBC suíço. Durma-se com um barulho desses!

Frederico A. Passos / e-mail: fred_passos@yahoo.com.br
*BR29

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