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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 21, 2015

Na Paraíba, UJS extermina mais um boneco calunioso


Seguindo na linha de exterminar todos os bonecos caluniadores que encontrar pela frente, a União da Juventude Socialista (UJS) murchou, nesta terça (20), mais uma caricatura inflável ofensiva à Presidenta Dilma Rousseff. Desta vez, a ação em defesa da democracia aconteceu em João Pessoa, na Paraíba.


 
O boneco havia sido levado à Praça da Independência, área central da cidade, onde estava agendada uma manifestação convocada pelo movimento Nas Ruas contra a presidenta Dilma. O ato, contudo, não conseguiu reunir mais que alguns poucos curiosos. Pelas fotos, é possível avistar mais seguranças particulares que manifestantes.

Por volta das 8h, um grupo de militantes da UJS foi ao local, questionar a utilização da peça difamatória. Sem conseguir dialogar, houve confronto. Os militantes, contudo, conseguiram enfrentar o cerco de seguranças privados e no final da manhã furaram mais esta peça criminosa e difamatória. Na investida, um dos militantes chegou a tomar o spray de pimenta das mãos de um segurança. Dois jovens foram levados à delegacia.

Este é o quinto inflável ofensivo que a UJS esvazia. O primeiro, uma caricatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava em São Paulo. Em seguida, os militantes murcharam bonecos que ofendiam a presidenta Dilma no Distrito Federal, em Alagoas e Pernambuco.


Do Portal Vermelho

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