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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 13, 2015

USA entrega armas rebeldes sírios


Rebeldes do Primeiro Batalhão sob o grupo de oposição Exército Livre da Síria participam de treinamento militar em 10 de junho de 2015, nos arredores de Aleppo.

EUA entregam munições para rebeldes sírios

© AFP 2015/ BARAA AL-HALABI

Os Estados Unidos entregaram uma pequena quantidade de munições para os rebeldes localizados ao norte da Síria, segundo informou uma fonte das Forças Armadas norte-americanas, em condição de anonimato.

De acordo com o militar, a operação de reforço dos opositores ao presidente Bashar al-Assad, realizada no último domingo, faz parte da renovada estratégia de Washington de ajudar outros grupos que combatem o Estado Islâmico, menos de duas semanas após o início dos ataques russos contra a organização terrorista, a pedido do governo local.
Em entrevista à mídia norte-americana, o presidente dos EUA, Barack Obama, reconheceu o fracasso do seu dispendioso programa de treinamento para os rebeldes sírios que lutam para derrubar tanto o Estado Islâmico quanto Bashar al-Assad. Segundo ele, os militares dos EUA não conseguiram preparar uma "força terrestre que pudesse resistir ao EI", pois, enquanto Assad estiver no poder, esses militantes dificilmente vão "se concentrar no Estado Islâmico". 


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20151012/2410439/EUA-entregam-municoes-para-rebeldes-sirios.html#ixzz3oSJYLyuk

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