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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, junho 10, 2010

A civilização é livre o ser humano esta condenado a ser livre

















quarta-feira, 9 de junho de 2010

Judeus alemães levarão mantimentos a Gaza em nova frota

judaismo




Israel e o sionismo estão conseguindo o impensável. Colocar os judeus contra eles. O assassinato cruel pelas tropas de Israel de 9, 19 ou mais de 50 libertários, quando navegavam em direção a Gaza carregados de ajuda humanitária, continua causando comoção e indignação da humanidade.

Por Georges Bourdoukan - Vermelho

Agora quem vai protestar são os membros da Organização Voz Judaica da Alemanha para a Paz no Médio Oriente. Já estão preparando uma Flotilha da Liberdade para seguir em direção à Palestina Ocupada.
Katie Laitrer, membro da organização, diz que os judeus alemães ficaram “assustados” não com o Hamas, mas pela virulência da soldadesca israelense.
“Pretendemos sair em julho”.

Explicou que inicialmente pretendiam seguir em apenas um barco, mas devido ao interesse de judeus de diversas partes do mundo em aderir, provavelmente haverá outros barcos. Ela acusou Israel de agir “criminosamente” contra os membros da Flotilha da Liberdade. E que Israel “não deve agir como piratas”. "Katie afirmou que já esteve em Gaza e foi muito bem tratada.

"Nós também conversamos com os gazenses recentemente e eles estão muito ansiosos por nossa vinda. Estamos assustados com o que aconteceu no Marmara, mas se você está empenhado em fazer coisas boas, você tem que agir. Pessoas também foram mortas na luta contra o fascismo”.

Edith Lutz, outra membro da Organização judaica alemã informou que "dois anos atrás, participou da Flotilha Gaza Livre e quando chegou a Gaza, crianças perceberam que ela usava uma estrela de Davi.
“Fui cercada de crianças que diziam – olha, ela é judia. Quando nos encontramos com Ismail Hanieh (líder do Hamas) e o informaram que eu era judia, ele virou para mim e disse que o Hamas não tem nada contra os judeus ou israel, apenas contra a ocupação”.

Essas informações foram extraídas do jornal israelense Yediot Aharanot e pode ser lida em
http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-3899915,00.html





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