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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 09, 2010

Só Dilma é a continuidade dos avanços conquistados



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Se o Serra ganhasse, o que ele faria?

Façamos um exercício de ficção político-cientifica. O que Serra faria se ganhasse?





- Tiraria o Brasil do Mercosul

- Assinaria um Tratado de Livre Comércio com os EUA

- Tiraria o Brasil do Banco do Sul

- Baixaria totalmente o perfil do Brasil em Unasul, no Conselho Sulamericano de Defesa e na Comunidade dos Paises da América Latina e do Caribe

- Promoveria uma aproximação privilegiada do Brasil com o México, a Colômbia, o Peru e o Chile

- Tiraria o Brasil dos Brics

- Nomearia Celso Lafer para o Ministério de Relações Exteriores e Rubem Barbosa para Embaixador nos EUA

- Paulo Renato, para reiniciar a privataria na educação

- Katia Abreu, para levar adiante a modernização da agricultura brasileira

- Privatizaria a Caixa Econômica Federal, a Petrobras e o Banco do Brasil

- Colocaria um oficial da PM paulista para dirigir o Ministério da Segurança

- FHC como Embaixador em Paris

- Romperia relações com o Irã, a Bolívia e a Venezuela

- Compraria assinaturas da Veja para todas as repartições publicas e instituições federais

- Arnaldo Jabor para o Ministério de Comunicações

- Diogo Mainardi para cônsul em Veneza

- Artur Virgilio para dirigir a Zona Franca de Manaus

- Roberto Freire para Ministro da Pesca


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