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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 15, 2010

Argentina é exemplo






No Brasil, o ditador Videla estaria todos os dias sendo adulado na TV

O contraste entre Brasil e Argentina, no quesito memória histórica e cidadania

O ditador Jorge Rafael Videla se definiu ontem como um preso político, e denunciou que se sente intimidado, que teme pela sua segurança e de sua família e considerou que as afirmações de ex-membros da organização Montoneros durante um ato público no qual recordaram seus tempos de militância constituem "uma ameaça à sociedade de reinstaurar a violência para obter ganhos políticos". A informação é do diário portenho Página/12, edição de hoje.
As declarações do ex-militar condenado à prisão perpétua como maior responsável pelo genocídio argentino [entre 1976 e 1983] aconteceram durante uma audiência judicial por crimes de torturas e morte de presos políticos da Unidade Penitenciária 1, depois que o Tribunal Oral Federal 1 de Córdoba havia confirmado como integrante pleno o vogal José María Pérez Villalobo, cuja imparcialidade fora questionada pelo ex-major Gustavo Adolfo Alsina, apontado por vários sobreviventes como um dos mais crueis torturadores do Terceiro Corpo do Exército. [...]

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Faço questão de trazer essa notícia fresca sobre o ditador Videla, que agora reclama por direitos civis, mesmo na condição de condenado pela Justiça argentina por bárbaros crimes contra esses mesmos direitos civis, que ele pisoteou e ignorou.
Vejam o contraste entre Argentina e Brasil, no quesito memória histórica e cidadania. No país vizinho, o sanguinário ditador está condenado à prisão perpétua, seus velhos companheiros, torturadores, assassinos, genocidas, etc., estão sendo julgados, um a um. No Brasil, um ex-agente menor da comunidade de informações, um sujeito que foi condenado por roubo de patrimônio público, um ratinho ladrão de queijo, é procurado pelo diário Folha de S. Paulo para passar suas impressões - pertinentes e acuradas - sobre a personalidade da candidata Dilma Rousseff. O editor da Folha que bolou esta "genial" pauta o fez por verificar que o ex-agente fora um dos destacados pelo aparelho de repressão do Estado para seguir e bisbilhotar Dilma depois que esta saiu de uma prisão de três anos durante a ditadura. Logo, o verme estava habilitado - segundo a editoria de política da Folha - para analisar o perfil psicológico da candidata lulista. A que ponto chegamos!

Se o Brasil tivesse revisado e passado a limpo (via Judiciário) os crimes cometidos durante a ditadura, como fez e segue fazendo a Argentina, o Uruguai, e o Chile, não estaríamos frente a essa aberração histórica: um desqualificado agente-roedor servir de testemunha idônea na tentativa vil de um órgão de imprensa querer desconstituir a candidata que não representa os interesses deste mesmo jornal.

A coisa foi tão bisonha que os dois jornalistas autores da matéria erraram tudo, erraram a data, erraram o governo autor da condenação da ratazana, erraram a mão e não lograram êxito no que se propunham. Mais uma página lamacenta do subjornalismo brasileiro.

O ditador Videla deve nos olhar com ânimo e admiração. Aqui, ele estaria livre e solto, paparicado diariamente nos jornais e tevês, vociferando suas patologias mentais contra os inimigos das ditaduras e das oligarquias.
By: Diário Gauche
*comtextolivre

O nazismo pede passagem

Para quem acha que o nazismo foi enterrado junto com Hitler, Goebbels e cia ilimitada recomendo a leitura desse encantador texto que recebi hoje.

Deixando a completa imbecilidade de quem escreveu de lado, vemos que a proposta é o estabelecimento de uma ditadura totalitária e o assassinato de mais ou menos 10 milhões de pessoas imediatamente, seguido de uma higienização social de deixar o velho Adolf babando de inveja.

Não vou nem perder tempo descrevendo quantas vezes eu já ouvi e li coisas semelhantes de meus queridos conterrâneos paulistas. Essa é a auto-proclamada elite moral paulista, aqueles três ou quatro milhões de assinantes da Veja, Folha e Estadão e eleitores de Geraldo Alckmin e José Serra. Devem estar embevecidos com a nova líder Mônica Pinochet Serra...

Se fosse no Brasil, nossa capital federal iria virar cemitério......
ASSEPSIA - Aconteceu em Cingapura:

Um Militar, com mão de ferro, assumiu o comando do país.
Em seis meses, dos cerca de 500 mil presidiários sobraram somente 50.
Todos os outros (criminosos confessos) foram fuzilados.
Todo homem público (político, policial, etc) corrupto foi fuzilado (Existiam milhares de provas contra eles).
Todos os empresários ladrões foram fuzilados ou fugiram rápido do país.
Aquela multidão de drogados que ficavam dormindo nas ruas, fugiram desesperados para a Malásia, para não terem que trabalhar ou seriam fuzilados.
Tinha uma mensagem de televisão onde o novo governo avisava que o país estava com câncer e que a única solução era extirpá-lo.
Tipo, se algum parente seu foi extirpado, compreenda, ele era um câncer para a nação.
Depois de ter feito toda a limpeza no país, reorganizado o sistema político, judiciário e penal, esse militar convocou eleições diretas e se candidatou para presidente.
Venceu as eleições com 100% dos votos.
Hoje, Cingapura é um dos países mais seguros de se morar. E um dos mais desenvolvidos, e mais seguros que os Arrogantes Estados Unidos, Inglaterra, ou Israel.
Já no avião, a ficha de desembarque tem um "DEAD" (morte) bem grande em vermelho e a explicação da penalidade sobre o porte de drogas. Qualquer droga.
Com zero virgula nada de cocaína encontrada, o sujeito ou é sumariamente fuzilado, ou é condenado a prisão perpétua com trabalhos forçados.
Um surfista brasileiro, tentou entrar em Cingapura com uma prancha de surf recheada de cocaína. Óbvio que ele traçou a sua própria morte.
E a mãe do jovem traficante apareceu na TV pedindo para o Lula interceder pelo filho, não adiantou nada. Nem mãe, nem Lula, nem protestos evitaram o cumprimento da lei.
Nos hotéis, os "Guias da Cidade" tem uma página explicando que a polícia de Cingapura garante a integridade física de qualquer mulher 24 horas por dia (isso porque na antiga Cingapura, sem lei e ordem, as mulheres que saíam sozinhas eram estupradas e ou mortas)
O chiclete é proibido em Cingapura, pelo simples fato de que, se jogados no chão sujam as calçadas da cidade.
Distribuir panfletos, sem chance. Só em lojas e não devem ser entregues as pessoas, que, se os quiserem pega-os em uma gôndola ou suporte. Jogar no chão então... dá multa cara.
Ano retrasado, a secretária local de um amigo, que estava fazendo um trabalho por lá, foi seguida pela polícia desde sua casa até o trabalho.
Quando chegou no trabalho ligou a seta do carro para entrar no prédio, a polícia deu-lhe sinal para que ela parasse.
Um dos policiais veio até a janela do seu carro e disse: "Como a Sra. sabe, estamos fazendo uma campanha de civilidade no trânsito. Multando os infratores e dando bônus a quem dirige corretamente.
E a Sra., em todo o trajeto da sua casa até aqui, não cometeu nenhuma infração.
Parabéns! Aqui está um cheque de 100 dólares cingapurianos (equivalente a cerca de R$ 128,00) e pediria para a Sra. assinar o recibo, por favor.

Sabem?
O BRASIL tem solução ???
*esquerdopata

A campanha contra Dilma nas igrejas: prepara-se o terreno para mais ataques


Terroristas da palavra espalham pânico nas igrejas

Publico o ótimo levantamento feito pelo internauta Adriano Schoer. Ele – como esse humilde blogueiro – acha que a eleição não está decidida. Existe uma campanha surda, sem visibilidade, feita na base do terrorismo.

Não é a campanha midiática – essa ficou muito manjada. É a campanha nas igrejas, pelo Brasil afora. Prepara-se o terreno para o último ataque de Serra (com ajuda do PIG). Ninguém hoje tem muitas dúvidas de que esse último ataque – ao longo das próximas duas semanas - terá como objetivo espalhar o pânico, e a dúvida sobre Dilma. Devem ser utilizados episódios da época da ditadura: o bombardeio virá pela internet, por mensagens de SMS, com apoio da velha mídia e da campanha oficial de TV.

A operação começou lá atrás com a ficha falsa na primeira página. Depois, veio a “reportagem” de “Época”, acompanhadas sempre pelas correntes de emails a espalhar pela internet a idéia da Dilma “terrorista”, “comunista”, violenta”.

Enquanto o ataque final não vem, pastores e padres (são minoria, felizmente) fazem o serviço de preparação, como mostra o Adriano…

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ACHO QUE A BALA DE PRATA VIRÁ DISSO AQUI

por Adriano Schoer

Pastores e Padres estão fazendo discurso amplamente golpista em suas igrejas, sobre questões que estão no PNDH-3: aborto, união cívil homeosexual, regularização da atividade de profissional do sexo, etc. Alguns como o Pastor Paschoal Piragine pedem abertamente para que não se voto no PT.

Os vídeos estão circulando amplamente na internet, nas listas de emails das igrejas. Tá na hora de começar com as vacinas para isso. Alguns discursos são amplamente golpistas e raivosos e misturam revolução, ateísmo, nazismo e ditadura.

Descobri isso em conversas dentro de casa (minha mãe) e cheguei a estes vídeos. A PIB (Primeira Igreja Batista – do Pastor Paschoal Piragine Jr.) é a que mais está trabalhando isso e da forma mais eficiente, pois não descamba a agressão como o caso do Padre Paulo Ricardo. O que escancara é que começam com um discurso anti aborto e homofóbico e logo descambam para o conservadorismo de direita. Chile, 1973. Lí todo o PNDH-3 este final de semana e estou buscando informações sobre os dois deputados que eles dizem terem sido expulsos do PT. Loucura essa parada.

Pe. Paulo Ricardo – PNDH-3
Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=nl4y93HTzyI&sns=em
Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=rl3IwlJxTrw&feature=related
Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=rvTGIWL7Vfw&feature=related

Pr. Paschoal Piragine Jr – Presidente da 1ª Igreja Batista de Curituba
http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI&feature=youtu.be

Dr. Zenóbio Fonseca critica PNDH-3

(parte 1) – http://www.youtube.com/watch?v=5chDiYCLUL8
(parte 2) – http://www.youtube.com/watch?v=1mgq-WuaBBQ
(parte 3) – http://www.youtube.com/watch?v=ZQn-3R6cjP0

Blog Zenóbio Fonseca: http://zenobiofonseca.blogspot.com/2010/09/pt-ameaca-pr-paschoal-piragine-jr.html

Vídeo contra o aborto:
http://www.youtube.com/watch?v=U7qjFMtkmHE


Serra é o único candidato que já assinou ordens para fazer ABORTOS, quando ministro da saúde

Para o eleitor votar consciente e não ser enganado, a primeira verdade que precisa saber é:

O único candidato a presidente nestas eleições que já assinou medidas para fazer abortos foi José Serra (PSDB), quando foi Ministro da Saúde, em 1998.

Ele assinou norma técnica para o SUS (Sistema Único de Saúde), ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez.


A íntegra da norma pode ser lida aqui: http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf

Certamente as pessoas que são favoráveis à descriminalização do aborto aplaudem de pé essa atitude de Serra, quando foi Ministro, ao aparelhar o SUS para fazer abortos previstos em lei.

E certamente, Serra jamais pode receber o voto de quem milita incondicionalmente contra qualquer prática relacionada ao aborto.

Senadora do PSDB, suplente de FHC, apresentou projeto legalizando o aborto, desde 1993

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), partidário de José Serra, foi eleito senador em 1986.

Em dezembro de 1992 saiu do senado, no meio do mandato, para ser ministro das Relações Exteriores e depois da Fazenda, no governo Itamar Franco.

Assumiu sua suplente Eva Blay (PSDB).

No dia 23 de junho de 1993, ela apresentou o Projeto de Lei no Senado n° 78/1993, revogando todos os artigos do Código Penal que criminalizam e penalizam a prática do aborto.

PNDH II, assinado por FHC previa ampliação dos casos de aborto legal

O Plano Nacional dos Direitos Humanos II, feito em 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso, (íntegra aqui), na página 16, defende a ampliação da legalização do aborto:

179. Apoiar a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal, em conformidade com os compromissos assumidos pelo Estado brasileiro no marco da Plataforma de Ação de Pequim.

Mônica Serra deveria se queixar do marido "ser a favor de matar as criancinhas"

A mulher de Serra andou falando bobagens dizendo que "Dilma seria a favor de matar as criancinhas". A dondoca deveria olhar para o próprio umbigo, porque o marido dela, José Serra, foi o único dos candidatos à presidente que assinou e ordenou regras para o SUS fazer ABORTOS.

Como rebater boatos falsos para exploração eleitoreira:

Agora, quando alguém receber algum e-mail demonizando Dilma, respondam essa VERDADE sobre Serra, enviando esta nota de volta.

Quando ouvir alguém de boa-fé pregando contra Dilma e Lula, mostrem ou imprimam esta nota, esclarecendo quem é José Serra e quem é o PSDB. Questionem, exijam a verdade.

Ao contrário do governo elitista do PSDB, de FHC, o governo Lula sempre manteve diálogo franco e aberto com as entidades religiosas, assim como outras entidades da sociedade civil, reconhecendo seu importante papel como ente social na construção da nação, buscando mediar conflitos e polêmicas, em busca de consensos que representem de fato a vontade e o pensamento do povo brasileiro.

Todos os partidos tem gente a favor e gente contra

A verdade é que todos os candidatos a presidente (Dilma, Marina, Serra e Plínio) tem posições semelhantes sobre o assunto: são pessoalmente contra o aborto, são pessoalmente a favor da vida, já se declararam a favor do estado laico, não mexerão nas leis atuais sobre o aborto, porque é assunto que pertence à sociedade e só o Congresso Nacional poderia mudar, se tivesse apoio popular. Nunca foi e não é um assunto para nenhum presidente da República decidir sozinho.

Posições contrárias e favoráveis à descriminalização do aborto existem dentro de todos os partidos, como mostramos acima no caso do PSDB, e há também entre os aliados de Marina Silva (Fernando Gabeira e Eduardo Jorge do PV, sempre militaram pela legalização do aborto).

*dosamigosdopresidenteLULA

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