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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 07, 2010

PT quer ouvir o Amaury. E o SS erra começa a amaciar






PT quer ouvir o Amaury.
E o s erra começa a amaciar


Ricardo Sérgio e Daniel aparecem no livro para enaltecer a biografia do Serra

Stanley Burburinho (quem será ele ?), o reparador de iniquidades, enviou os seguintes comentários sobre a decisão do PT de pedir à PF para ouvir o Amaury:

1 – A PF terá acesso ao conteúdo do livro e começará a investigar antes de o livro ser lançado em 2011 e sem comprometer a Record que contratou o Amaury há duas semanas.


2 – O Serra, sabendo disso, começou a amaciar: já disse hoje ao Estadão que “a motivação não foi eleitoral foi politica!”


3 – O Serra deu tiro no próprio pé.


4 – Aposto que o Serra e a imprensa aliada vão pisar no freio sobre esse assunto de quebra de sigilo.


Leia o que disse o Globo sobre o assunto:

Presidente do PT vai pedir à PF que investigue apuração de jornalista contra PSDB

André de Souza

BRASÍLIA – O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse nesta segunda-feira que encaminhará à Polícia Federal três matérias jornalísticas que tratam da apuração conduzida pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior sobre irregularidades nas privatizações feitas durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo Dutra, há um paralelo entre a apuração feita pelo jornalista e a quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB e ao candidato tucano José Serra, justificando o pedido para a PF investigar a existência de relações entre os dois episódios. Ele deu a entender que o jornalista pode estar por trás do caso, mas negou que estivesse fazendo ilações.

- Nós não estamos fazendo ilação de coisa nenhuma. Nós estamos apresentando matérias que apareceram na imprensa.

Ainda segundo Dutra, Amaury não teve participação nenhuma na campanha de Dilma, embora ele tenha trabalhado junto com Luiz Lanzetta, dono da empresa Lanza e acusado de estar preparando um dossiê para ser usado contra o candidato Serra.

- O jornalista Amaury não teve participação nenhuma na campanha. Pessoalmente eu não o conheço. O PT tinha um contrato com a empresa do senhor Lanzeta. Foi a relação de um partido com a empresa – afirmou Dutra.

Clique aqui para ler: “Serra desistiu da campanha; o problema dele é o Amaury”.

Clique aqui para ler “Foi o livro do Amaury o que aloprou o Serra”.

E aqui para ver que o Mino Carta já sabe quem violou os dados da declaração da filha do Serra.

Paulo Henrique Amorim

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