O governo argentino aceitou oficialmente a oferta de mediação
da ONU para "coordenar uma solução pacífica" ao conflito entre
Argentina e Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, informou
nesta terça-feira a Chancelaria do país.
O chanceler argentino, Héctor Timerman, enviou ao presidente da
Assembleia Geral das Nações Unidas, Nassir Abdulaziz al-Nasser, uma
carta na qual aceita sua "boa disposição" para coordenar uma "solução
pacífica" entre seu país e o Reino Unido na questão das Ilhas Malvinas,
aponta o comunicado.
Segundo a nota, "a Argentina aceita com o
maior interesse e atenção as iniciativas e sugestões" que possam ser
feitas pelo presidente da Assembleia para contribuir para a solução da
polêmica, solicitando a transmissão da disposição argentina ao Reino
Unido.
O anúncio do governo argentino coincide com a ameaça da
Confederação Argentina de Trabalhadores do Transporte (CATT), que na
segunda-feira antecipou que iria boicotar os navios de bandeira
britânica que entrassem no país em protesto pelas "as pretensões
militaristas dos ingleses".
A oferta de mediação das Nações
Unidas veio à tona após ter recebido na última sexta-feira uma denúncia
da Argentina contra o Reino Unido pela "militarização" das Malvinas e do
Atlântico Sul, depois do envio ao arquipélago do destróier MS
Dauntless, da Marinha britânica, e da chegada do príncipe William à
região para uma instrução militar.
O secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon, chamou ambas as partes a evitar uma "escalada de tensões"
às vésperas do 30º aniversário do início da Guerra das Malvinas,
disputada entre Argentina e Reino Unido e que deixou cerca de 900 mortos
em 1982.
Nas últimas semanas, a Argentina aumentou suas
gestões diplomáticas para somar adesões a sua postura sobre as Malvinas,
apoiada até agora por seus vizinhos sul-americanos e os países da Alba
(Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas,
Dominica, Antígua e Barbuda).
*Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário