Reparem que os dois estão dentro das instalações brasileiras no quartel do Batalhão Haiti
Em visita a Porto Príncipe, presidenta encontra ator americano que realiza trabalhos humanitários no país desde tremor de 2010
A presidenta Dilma Rousseff encontrou o ator americano Sean Penn na quarta-feira, durante visita oficial ao Haiti. Nomeado embaixador itinerante do país na terça-feira, Penn promove trabalhos humanitários na capital, Porto Príncipe, desde o terremoto de janeiro de 2010.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Sean Penn e Dilma Rousseff posam para foto em Porto Príncipe, capital do Haiti (01/02)
Penn já provocou várias polêmicas por sua atuação política. Crítico do ex-presidente George W. Bush (2001-2009), ele foi ao Iraque para se manifestar contra a guerra dos EUA no país, sobre o qual escreveu artigos para o jornal San Francisco Chronicle. Pela mesma publicação, escreveu sobre o Irã.
Em 2005, quando o furacão Katrina arrasou Nova Orleans, ele foi à cidade e ajudou a resgatar sobreviventes. Porém, foi acusado de contratar fotógrafos para se promover, o que negou. Desde 2010, fundou uma organização humanitária que comanda um acampamento para vítimas do terremoto do Haiti.
Dilma deixou o Haiti na quarta-feira, finalizando a breve passagem pelo país com uma visita ao quartel-general dos militares brasileiros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).
Acompanhada do presidente haitiano, Michel Martelly, a presidenta foi até a sede do batalhão em Tabarre, na periferia de Porto Príncipe, e expressou sua satisfação pelo trabalho realizado pelos soldados brasileiros no Haiti. "A cooperação entre os militares do Brasil com os demais contingentes e com o governo do Haiti produziu bons resultados", avaliou.
A presidenta confirmou a redução do número de militares brasileiros na Minustah, o maior entre todos os contingentes, mas não definiu um cronograma.
Dilma e Martelly também discutiram a imigração ilegal de haitianos que se instalam no Brasil desde o início do ano. Em janeiro, o governo brasileiro decidiu regularizar cerca de 4 mil haitianos que já estão no Brasil e criou um visto especial de permanência, que não exige a comprovação de vínculo empregatício antes da vinda para o País. As novas regras poderão beneficiar 1,2 mil haitianos por ano.
“Reafirmo o duplo propósito das políticas de visto: garantir o acesso em condições de segurança e de dignidade e, ao mesmo tempo, combater o tráfico de pessoas, o que temos feito em cooperação com países vizinhos”, disse a presidenta.
Com AP, Reuters, AFP
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