Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Neo-nazistas? - grupo de soldados dos EUA posa com símbolo nazista no Afeganistão

Grupo de franco-atiradores americanos no Afeganistão, com bandeira da SS, a polícia nazista
Uma equipe de franco-atiradores da Marinha americana posou para uma foto com uma bandeira que ilustra o símbolo SS, que faz referência à polícia militar do período nazista na Alemanha, revelou nesta quinta-feira um comunicado do Corpo de Fuzileiros Navais americanos.

O documento informava que o uso da bandeira não era aceitável, mas que os militares não serão punidos pois a apuração determinou que a escolha do símbolo foi ingênua. De acordo com os oficiais, as letras SS foram interpretadas como "franco-atiradores" (sniper scout, em inglês).

A foto foi tirada no último mês de novembro e estava em um blog. Após muitas reclamações de ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial que se ofenderam com a imagem, o retrato foi citado às lideranças militares.

Em janeiro, um vídeo de um grupo de marines urinando em corpos no Afeganistão foi publicado no portal de hospedagem YouTube, causando indignação e revolta no mundo.





Associated Press





*BlogdaMilitância

Nenhum comentário:

Postar um comentário