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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Tarifa do Metrô de São Paulo tem aumento de 275% desde o início do Plano Real

Apesar dos sucessivos aumentos nas tarifas,
os usuários continuam sofrendo
As tarifas do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de São Paulo subiram no domingo, dia12, de R$2,90 para R$3,00, o que representa reajuste de 3,65%.

Em 1995, quando o País já sentia os efeitos do Plano Real e a inflação havia sido controlada, a tarifa custava R$0,80, o que significa que de lá para cá o valor subiu 275%, percentual superior à inflação do período (197%) medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

Com o reajuste, a integração de ônibus municipal com metrô ou CPTM também subirá, de R$4,49 a R$4,65. Já o Bilhete Madrugador, válido para usuários que viajam entre 4h40 e 6h15, não sofrerá alteração no valor.

As tarifas dos ônibus intermunicipais das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista também serão reajustadas.

O aumento equipara o valor da tarifa de metrô com a do ônibus municipal em São Paulo, que não deverá sofrer reajuste neste ano eleitoral – em 2011, a tarifa aumentou de R$2,30 para R$3,00.
*bloglimpinhoecheiroso

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