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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 12, 2012

Resistência líbia começa a reagir

 

Embaixador estadunidense é morto em Benghazi
É impressionante o esforço do totalitarismo midiático em tentar desviar o foco sobre a morte de quatro funcionários do consulado dos Estados Unidos em Benghazi, Líbia, entre os quais o próprio embaixador.
Informam que “o ataque foi um protesto contra o filme "Innocence of Muslims", realizado pelo americano-israelense Sam Bacile, que considera o islamismo um "câncer".
Essa mídia deve considerar seus leitores idiotas.
O filme pode até ter irritado alguns muçulmanos, mas essa mídia esquece que a Líbia é uma nação ocupada e portanto qualquer empresa ou governo que ajudou a esquartejar o país é alvo de qualquer nacionalista líbio.
Quanto ao filme e ao islamismo, basta dizer que a Arábia Saudita, que se considera guardiã dos locais sagrados, não se manifestou.
Porque seus teocráticos governantes ( que de idiotas eles não têm nada) sabem perfeitamente que o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos não teve nada a ver com religião.
Pior do que a mídia totalitária, foi a manifestação do genocida Obama:
"Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes este ataque ultrajante e chocante (..) Não há justificativa para essa violência”.
Para a morte de 4 estadunidenses “não há justificativa”, o que dizer então para os mais de um milhão de iraquianos brutalmente assassinados?
E os afegãos?
E os libaneses e sírios?
Para esses há justificativa?
Diariamente os Estados Unidos estão assassinando resistentes iraquianos.
Diariamente os Estados Unidos estão assassinando resistentes afegãos.
Diariamente os Estados Unidos estão assassinando resistentes sírios.
E para não ficarem à margem, diariamente seus aliados turcos assassinam resistentes curdos e seus serviçais israelenses assassinam resistentes palestinos.
Até onde isso vai levar?
A resposta cabe aos invasores e ocupantes.
No Blog do Bourdoukan
*comtextolivre 



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