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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 05, 2014

    Dilma - Eu quero falar para vocês algo que está engasgado na minha garganta. Algo que está guardado no meu peito de cidadã brasileira


Eu não fui eleita para arrochar salário de trabalhador!

Eu não fui eleita para virar as costas para os pequenos empreendedores do nosso País

Eu não fui eleita para desempregar trabalhadores e trabalhadoras do Brasil!

Eu não fui eleita para vender ou mudar o nome da Petrobras e entregar o Pré-sal!

Eu não fui eleita para mendigar dinheiro no FMI!Eu não fui eleita para tornar a saúde do Brasil um privilégio de alguns!

Eu não fui eleita para fazer da Educação um caminho estreito!

Eu não fui eleita para varrer a corrupção para debaixo do tapete, como faziam!

Eu não fui eleita para colocar, de novo, o país de joelhos, como eles fizeram!

Eu não fui eleita para trair a confiança do meu povo!

Eu fui eleita para governar de pé e com a cabeça erguida. E é isso que eu vou continuar a fazer, ao lado do povo brasileiro e com a ajuda dessa militância incrível que sempre nos dá forças e inspiração!"

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