Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, maio 05, 2014
Senado Federal: Impeachment de Joaquim Barbosa.
20,000
14,079
14,079 assinaturas. Vamos chegar a 20,000
Por que isto é importante
A OAB aprovou documento assinado por
todos os seus conselheiros federais cobrando do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) uma investigação sobre a conduta do presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF). Trata-se de uma medida inédita da entidade. Algo
que demonstra o quanto o atual presidente do Supremo extrapolou todos
os limites do jogo democrático. Um dos maiores e mais renomados juristas
do Brasil, Celso Bandeira de Mello, professor de direito da PUC-SP,
criticou as decisões tomadas por Joaquim Barbosa sobre a prisão dos
condenados do chamado “mensalão”. “Cabem providências jurídicas contra
ele, entre elas o impeachment". Enquanto isso cresce o movimento pelo
impeachment do presidente do STF. O ex-governador de São Paulo, e um dos
juristas mais respeitados do país, o conservador Claudio Lembo,
concedeu uma entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV!, que promete
incendiar o debate sobre os abusos cometidos por Barbosa.“Nunca
houve impeachment de um presidente do STF. Mas pode haver, está na
Constituição. Bases legais, há. Foi constrangedor, um linchamento. O
poder judiciário não pode ser instrumento de vendetta”, diz o
ex-governador paulista. Já foi lançado um manifesto de repúdio ao que
chamam de prisões ilegais de parte dos condenados na Ação Penal 470, o
processo do mensalão, assinado por juristas, intelectuais da sociedade
civil. Joaquim Barbosa mentiu ao defender o sigilo do Inquérito
2474 pois está atuando claramente a favor dos interesses dos magnatas da
mídia brasileira, onde inclusive seu filho trabalha. Para quem não
sabe, este inquérito tem as provas de que todo o mensalão foi uma imensa
farsa sustentada pela mídia e pela oposição, para derrubar o Partido dos Trabalhadores
e criar as bases de um golpe de estado através do impeachment de Lula.
Não conseguiram derrubar Lula, mas conseguiram iludir, desinformar e
colocar boa parte dos brasileiros contra o PT. A Rede Globo, a Revista
Veja, e o Jornal Folha de SP ajudaram durante anos a sustentar a
mentira, pois o PT planejava democratizar a mídia, que no Brasil é
dominada por 7 famílias de bilionários.
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