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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 22, 2014

Crescimento econômico do Brasil 2008-2013 é o terceiro maior entre as principais economias do mundo.

Crescimento econômico do Brasil 2008-2013 é o terceiro maior entre
as principais economias do mundo.
Tomando como base o ano de 2007 (último ano antes do estouro do Crash), os resultados das principais economias do mundo são decepcionantes e talvez até assustadores.
É dentro deste contexto que se insere o Brasil.
Vamos, portanto, analisar os dados constantes no Banco Mundial¹ e no Eurostat².
-Crescimento Econômico Acumulado das Principais Economias do Mundo (acúmulo de seis anos, entre 2008 e 2013):
1) União Europeia: -0,94%;
2) Zona do Euro: -1,83%;
3) EUA: 5,51%;
4) Japão: 0,3%;
5) Alemanha: 4,21%;
6) França: 0,61%;
7) Reino Unido: -1,37%;
8) Itália: -8,73%;
9) Espanha: -5,73%;
10) Portugal: -6,79%;
11) Grécia: -23,65%;
12) México: 9,16%;
13) Brasil: 19,87%;
14) Rússia: 10,73%;
15) Índia: 45,57%;
16) China: 66,44%.
Entre as principais economias do mundo, apresentadas acima, o Brasil só tem desempenho inferior ao desempenho espetacular da Índia e da China.
O quadro mundial é preocupante, e quem ainda não entendeu o porquê do baixo crescimento econômico do Brasil atual deveria prestar mais atenção ao que está acontecendo no mundo.
Podem acreditar, o Crash de 2008 é sim a pior crise econômica da história desde o Crash de 1929. E está longe de ser superado.
O Brasil resiste bravamente, com desempenho superior ao de potências como os EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido.

O Brasil cresceu mais do que o dobro do México (queridinho do mercado e dos neoliberais) neste período de crise.
Deve-se lamentar profundamente o fato de que não exista em nosso país uma imprensa séria, capaz de contextualizar os fatos econômicos que ocorrem no mundo, tampouco capaz de contextualizar a crise e os seus efeitos, diversos, em diferentes países.
É a mesma imprensa que diz que a inflação voltou, sendo que temos esta mesma inflação amplamente controlada e dentro das metas estabelecidas pelo Banco Central, há mais de dez anos consecutivos!
Leia mais:
http://dyga.me/JG

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