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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 11, 2014

Poluição impede uso do Tietê para amenizar falta de água. Há 10 anos, Alckmin havia prometido rio limpo



Poluição impede uso do Tietê para amenizar falta de água. Há 10 anos, Alckmin havia prometido rio limpo e navegável

Itu, no interior de São Paulo, está enfrentando a pior seca dos últimos 90 anos,a pior seca dos últimos 90 anos, as represas que abastecem a cidade só estão com 5% de água e, como se não bastasse os problemas, o cheiro forte da água escura se tornou mais um desconforto para a população.

Antes de chegar a Itu, o rio Tietê passa pela Região Metropolitana de São Paulo e recebe esgoto e poluentes químicos. Na margem há sujeira de todo o tipo e os moradores lamentam que a água tão poluída não consiga ser reaproveitada. Se fosse limpa, a água poderia ser captada e resolveria o problema de abastecimento do município e em outras regiões ao longo do rio.

No entanto, segundo o geólogo de Itu Antônio Carlos Mendes Oliveira, o tratamento da águaseria inviável. “A despoluição ficaria muito cara já que esse rio é considerado classe 4, ou seja, não é utilizado para o abastecimento público. Se uma análise for feita, é possível constatar a quantidade de elementos químicos nocivos à saudade que realmente não permite que a água seja utilizada”, explica. (*com informações do portal G1)

Nível mínimo

Na sexta-feira (8/8), a represa do Itaim, um dos principais reservatórios de Itu, atingiu o nível de apenas 3% da capacidade da produção. De acordo com informações da concessionária que abastece o município, a captação é mínima e a água agora é retirada do fundo da represa. A concessionária Águas de Itu, responsável pelo fornecimento de água na cidade, implantou o racionamento de água em fevereiro. A partir daí a medida foi ampliada para toda a cidade. Os seis reservatórios de água do município estão com o nível abaixo do normal. 

Em 2003, Alckmin havia prometido entregar entregar rio Tietê limpo e navegável

Reportagem do jornal O Estado de São Paulo de 6/2/2003, traz promessa feito pelo governador Geraldo Alckmin de que com as obras que estariam sendo feitas à época, “até o segundo semestre de 2004, o paulistano poderá navegar no rio”. 

Clique aqui para ler a reportagem.

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