Magazine Luiza e Volks seguem a Coca-Cola e deixam de patrocinar o futebol da Globo
Depois da Coca-Cola, futebol da Globo é abandonado pela Volkswagen e pelo Magazine Luiza. Denúncias de corrupção na CBF e fracassos da seleção espantaram poderosos parceiros. Eles não estarão em 2016…
Cosme Rímoli em seu blog em 17/10/2015
A crise de credibilidade do futebol brasileiro atingiu em cheio a Globo. Foi muito além da queda de audiência. O drástico tombo foi de 22% nos últimos dez anos. Os fracassos seguidos da Seleção e enxurrada de denúncias de corrupção na CBF, com direito ao ex-presidente José Maria Marin, encarcerado na Suíça, pesaram. E muito.
Empresas importantíssimas não querem mais ter sua imagem aliada ao futebol deste país.
Primeiro, foi a Coca-Cola que desistiu. Depois de anos e anos, não quis mais seguir pagando para sua marca ser associada ao futebol deste país. Tirou seus R$225 milhões em 2015. Foi substituída, com dor no coração para os executivos globais, pelo Magazine Luiza.
Pois bem, um ano já deu. E o Magazine Luiza também não quis seguir. Não estará bancando o futebol da Globo em 2016. A experiência não foi nada compensadora.
Só que o golpe maior veio de outra velha parceira global: a Volkswagen. Também décadas de relacionamento íntimo não contaram. E a multinacional alemã se afasta do futebol deste país. O mercado publicitário viu estarrecido o rompimento.
A Brasil Foods entrou no lugar da Volkswagen. E asCasas Bahia substitui o Magazine Luiza. Ambev, Banco Itaú, Johnson & Johnson e a Vivo seguem com o desacreditado futebol nacional.
O acordo prevê no mínimo 90 partidas: campeonatos estaduais, Brasileiro, Copa do Brasil, Taça Libertadores da América, Copa Sul-Americana, Copa América, amistosos da Seleção e Eliminatórias da Copa do Mundo. Não estão previstas as partidas da Sul-Minas-Rio, que a Globo negocia. Podem entrar até como brinde.
Nos bastidores, causou muita decepção à emissora o abandono da Volkswagen. Assim como foi o rompimento com a Coca-Cola. Marcas importantes mundialmente. O Magazine Luiza doeu. Mas menos. Já se sabia que a empresa nacional queria testar se valia ou não a pena ficar ligada ao futebol. O teste não agradou.
Há duas vertentes. A divulgada “em off” por donos de agências importantes do mercado publicitário brasileiro. Que as cotas baixaram. Não seriam cobrados mais os mesmos R$225 milhões para cada anunciante. Haveria uma redução para R$200 milhões. Na Globo, há a garantia que os preços foram mantidos.
A emissora já deu um prêmio aos patrocinadores. Foram anunciados com respeito e alívio no Jornal Nacional, principal produto jornalístico. Com Willian Bonner deixando escapar, com voz embargada: “Foi uma demonstração de confiança no Brasil.”
Serão 90 jogos e inserções nos noticiários esportivos, que custarão cerca de R$1,3 bilhão. O que Bonner não contou é que as negociações duraram muito mais do que o ano passado. Em setembro, o mercado já sabia quem pagaria pelo futebol na Globo. Este ano, a transação acabou um mês depois. Com renúncias de marcas tradicionais que a emissora tentou segurar.
As deserções da Coca-Cola e Volkswagem, provocaram um baque. O executivo responsável pelo futebol, Marcelo Campos Pinto, tem uma missão. Cobrar mais seriedade e empenho de Marco Polodel Nero.
Os fracassos da Seleção espantam patrocinadores. Porém, as denúncias de corrupção muito mais. O efeito colateral atinge em cheio Marco Polo. A Globo já o culpa.
Os jogos do Brasil nas Eliminatórias são terças e quintas. O ideal para a emissora seriam sexta e domingo. Mas Marco Polo não estava na Suíça, na Fifa, quando foram definidos. Desde que Marin foi preso, ele não viajou mais para fora do país.
Os EUA seguem investigando denúncias de corrupção. Não é nada lucrativo seguir apoiando Marco Polo. Apesar do patrocínio bilionário, não há clima de festa na Globo. Muito pelo contrário.
Há é saudades dos bons tempos. Da Coca-Cola, da Volkswagen… Da briga de multinacionais poderosas pelo futebol.
Mas a realidade é outra.
Os fracassos da Seleção e as denúncias de corrupção pesam. E é espantoso que marcas poderosas persistam.
O medo já é 2017.
A incompetência do time de Dunga tirou o Brasil da Copa das Confederações. Serão apenas eliminatórias, amistosos e jogos internos.
Só.
Se este ano já foi difícil. É bom os executivos globais se prepararem para 2016.
As declarações de J.Hawilla, dono da Traffic ao FBI não devem ajudar. Os departamentos de marketing das grandes empresas do país, que ainda pensam no futebol, não têm como se alegrar com suas belas palavras. Elas vieram à tona nesta semana. Foram divulgadas mundialmente. E são assustadoras.
Nãoperder tempo em 2016. Nas sedes do Magazine Luiza, da Coca-Cola e da Volkswagen…
Leia também: Marin*
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● Repórteres da Veja saem do Facebook após serem desmascarados por Romário
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● Rede Globo e Nike são citadas em inquérito sobre corrupção no futebol
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● O sigilo total sobre Ricardo Teixeira e Rossell, ex-Barça. A grana se foi, doutores do MP.
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● Acordo com ditadura possibilitou eleição de Havelange à Fifa
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● Por que a Polícia Federal se sentou em cima das fraudes da CBF nestes anos todos?
● Corrupção na Fifa: Quais são os negócios do réu confesso com a Globo
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● Será que tem alguém que ainda quer alguma coisa padrão Fifa?
● Prender Dirceu e Genoíno é fácil. Difícil, no Brasil, é prender Marin
● O escândalo da Fifa “é só o começo”, diz polícia norte-americana
● Recordar é viver: Marin e Aécio Neves, uma tabelinha impagável
● Vídeo: A prisão de José Maria Marin e a compra de resultados no futebol
● Recordar é viver: Dilma quer Marin fora da CBF
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● José Maria Marin foi o responsável pela prisão de Herzog
● CBF: Alguém explique pra Globo a diferença entre comissão e propina
● CBF: A Globo está envolvida no suborno de Havelange e Ricardo Teixeira
● Tremei TV Globo: João Havelange e Ricardo Teixeira recebiam propina
● Depois das denúncias vindas da Suíça, a Globo vai blindar Havelange e Teixeira?
● Globo não revela seus codinomes no relatório da propina a Ricardo Teixeira
● Allianz Parque: O dia em que a Globo e a CBF censuraram um estádio
● O caso de sonegação da Globo e o escândalo HSBC
● PF confirma abertura de inquérito contra sonegação da Globo
● Rede Globo sonega milhões de reais em impostos
● A Globo e a ditadura militar, segundo Walter Clark
● Estarrecedor: Por sonegação, Receita Federal notificou a Globo 776 vezes em dois anos
● Rede Globo tem os bens bloqueados pela Justiça
● Ex-funcionária da Receita que sumiu com processos contra TV Globo é condenada à prisão
● Leandro Fortes: O povo não é bobo
● Série do DCM sobre a sonegação da Globo, 1ª parte: “Injusto é pagar imposto no Brasil.”
● Série do DCM sobre a sonegação da Globo, 2ª parte: Como o processo sumiu da Receita e sobreviveu no submundo do crime
● Série do DCM sobre a sonegação da Globo, 3ª parte: A história da funcionária da Receita que sumiu com o processo
● Vídeo: O documentário sobre o escândalo de sonegação da Globo
● Vazou tudo: Sonegação da Rede Globo está na web
● A sonegação da Globo, o Ministério Público e a PEC 37
● Saiba como funcionava a empresa de fachada das Organizações Globo nas Ilhas Virgens
Cosme Rímoli em seu blog em 17/10/2015
A crise de credibilidade do futebol brasileiro atingiu em cheio a Globo. Foi muito além da queda de audiência. O drástico tombo foi de 22% nos últimos dez anos. Os fracassos seguidos da Seleção e enxurrada de denúncias de corrupção na CBF, com direito ao ex-presidente José Maria Marin, encarcerado na Suíça, pesaram. E muito.
Empresas importantíssimas não querem mais ter sua imagem aliada ao futebol deste país.
Primeiro, foi a Coca-Cola que desistiu. Depois de anos e anos, não quis mais seguir pagando para sua marca ser associada ao futebol deste país. Tirou seus R$225 milhões em 2015. Foi substituída, com dor no coração para os executivos globais, pelo Magazine Luiza.
Pois bem, um ano já deu. E o Magazine Luiza também não quis seguir. Não estará bancando o futebol da Globo em 2016. A experiência não foi nada compensadora.
Só que o golpe maior veio de outra velha parceira global: a Volkswagen. Também décadas de relacionamento íntimo não contaram. E a multinacional alemã se afasta do futebol deste país. O mercado publicitário viu estarrecido o rompimento.
A Brasil Foods entrou no lugar da Volkswagen. E as
O acordo prevê no mínimo 90 partidas: campeonatos estaduais, Brasileiro, Copa do Brasil, Taça Libertadores da América, Copa Sul-Americana, Copa América, amistosos da Seleção e Eliminatórias da Copa do Mundo. Não estão previstas as partidas da Sul-Minas-Rio, que a Globo negocia. Podem entrar até como brinde.
Nos bastidores, causou muita decepção à emissora o abandono da Volkswagen. Assim como foi o rompimento com a Coca-Cola. Marcas importantes mundialmente. O Magazine Luiza doeu. Mas menos. Já se sabia que a empresa nacional queria testar se valia ou não a pena ficar ligada ao futebol. O teste não agradou.
Há duas vertentes. A divulgada “em off” por donos de agências importantes do mercado publicitário brasileiro. Que as cotas baixaram. Não seriam cobrados mais os mesmos R$225 milhões para cada anunciante. Haveria uma redução para R$200 milhões. Na Globo, há a garantia que os preços foram mantidos.
A emissora já deu um prêmio aos patrocinadores. Foram anunciados com respeito e alívio no Jornal Nacional, principal produto jornalístico. Com Willian Bonner deixando escapar, com voz embargada: “Foi uma demonstração de confiança no Brasil.”
Serão 90 jogos e inserções nos noticiários esportivos, que custarão cerca de R$1,3 bilhão. O que Bonner não contou é que as negociações duraram muito mais do que o ano passado. Em setembro, o mercado já sabia quem pagaria pelo futebol na Globo. Este ano, a transação acabou um mês depois. Com renúncias de marcas tradicionais que a emissora tentou segurar.
As deserções da Coca-Cola e Volkswagem, provocaram um baque. O executivo responsável pelo futebol, Marcelo Campos Pinto, tem uma missão. Cobrar mais seriedade e empenho de Marco Polo
Os fracassos da Seleção espantam patrocinadores. Porém, as denúncias de corrupção muito mais. O efeito colateral atinge em cheio Marco Polo. A Globo já o culpa.
Os jogos do Brasil nas Eliminatórias são terças e quintas. O ideal para a emissora seriam sexta e domingo. Mas Marco Polo não estava na Suíça, na Fifa, quando foram definidos. Desde que Marin foi preso, ele não viajou mais para fora do país.
Os EUA seguem investigando denúncias de corrupção. Não é nada lucrativo seguir apoiando Marco Polo. Apesar do patrocínio bilionário, não há clima de festa na Globo. Muito pelo contrário.
Há é saudades dos bons tempos. Da Coca-Cola, da Volkswagen… Da briga de multinacionais poderosas pelo futebol.
Mas a realidade é outra.
Os fracassos da Seleção e as denúncias de corrupção pesam. E é espantoso que marcas poderosas persistam.
O medo já é 2017.
A incompetência do time de Dunga tirou o Brasil da Copa das Confederações. Serão apenas eliminatórias, amistosos e jogos internos.
Só.
Se este ano já foi difícil. É bom os executivos globais se prepararem para 2016.
As declarações de J.Hawilla, dono da Traffic ao FBI não devem ajudar. Os departamentos de marketing das grandes empresas do país, que ainda pensam no futebol, não têm como se alegrar com suas belas palavras. Elas vieram à tona nesta semana. Foram divulgadas mundialmente. E são assustadoras.
Concordei em pagar subornos por contratos da Copa América, Copa Ouro, Copa do Brasil, e pelo patrocínio da seleção brasileira. Eu usei instituições financeiras dos EUA e facilidades de transação bancária digital nos EUA para pagamento de algumas dessas propinas, bem como para pagamentos legítimos correspondentes a esses direitos.Não deve ser nada estimulante vincular sua marca a esse tipo de gente. Mas, para sorte da Globo, tem gente que não concorda. Pelo menos os executivos da emissora já sabem onde não devem ir.
Depois disso e até 2013, outros dirigentes do futebol vieram a mim pedir propinas para assinar ou renovar contratos. Eu concordei em pagá-los por contratos de direitos de marketing para vários torneios e outros direitos, como a Copa América, a Copa Ouro, a Copa do Brasil e para o acordo de patrocínio para a Seleção Brasileira.
Não
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