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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 13, 2015

Os EUA estão lentamente perdendo sua influência e posição como uma força dominante no planeta

Presidente russo Vladimir Putin em encontro do Conselho pela Sociedade Civil e Direitos Humanos

Imprensa austríaca: A Europa deveria ser grata a Putin

© Sputnik/ Sergey Guneev

O envolvimento da Rússia na Síria é um importante sinal para o mundo de que a crise não pode ser resolvida sem Moscou. Os EUA estão lentamente perdendo sua influência e posição como uma força dominante no planeta, segundo publicado na revista austríaca Contra Magazin.

Os Estados Unidos devem oficialmente recuar de posições dominantes haja vista que sua operação na Síria provou ser ineficaz e até contraproducente.
A guerra de propaganda norte americana contra a Rússia não tem nada a ver com a realidade enquanto que a Rússia revela-se como o único país que está tentando alcançar a paz e consolidar a estabilidade na região, escreveu o jornal.
Os Estados Unidos acreditavam que a sua política destinada a enfraquecer regiões inteiras, bem como estados por meio de revoluções coloridas, ONGs e outras forças de vários tipos iria ajudá-los a alcançar seu objetivo e derrubar o governo Assad.
No entanto, o objetivo em si é totalmente ridículo quando a situação é analisada de forma mais atenta, diz o artigo. O fato de um Estado querer a cabeça de outro Estado para abandoná-lo em seguida é algo extraordinário, para não mencionar o fato de que os EUA são um país remoto, que não é nem um vizinho sírio, nem foi historicamente envolvido em um conflito direto com este.
"Não há nenhuma razão nem evidência de qualquer má conduta de natureza legal — então por que a um estado estrangeiro e distante é permitido forçar um governante [de outro Estado] a recuar", indaga a revista.
O que está em contradição com o direito internacional é a hegemonia dos Estados Unidos. Os Estados Unidos tem-se comportado como se tivesse o direito de desfrutar de mais privilégios do que qualquer outro país, acrescentou.
Ao mesmo tempo, o presidente russo, Vladimir Putin deixou claro e frisou que é um político honrado, que adere ao direito internacional e está interessado na paz e soberania, disse o jornalista. Segundo ele, a Europa deveria ser grata a Putin, pois este demonstra neutralidade e respeita a soberania dos países devastados pelo conflito.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20151011/2398013/Imprensa-austriaca-A-Europa-deveria-ser-grata-a-Putin.html#ixzz3oSQbIkUj

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