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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 06, 2015

A farsa do mensalão documentada.


AP470 A farsa do mensalão documentada.
ticulosamente planejada para atingir o governo Lula e o Partido dos Trabalhadores, uma vez que se tornava gritante o sucesso do então governo comparado ao do tucano. Vejamos:
- Em quase 60 mil páginas de processo não se encontrou nenhuma movimentação de R$ 30 mil.
-Nenhuma movimentação se repetiu, nem teve periodicidade "mensal", o termo foi criado para dissipar a compra de votos de FHC que teve gravações divulgadas.
-Nos acórdãos, assinados por Joaquim Barbosa, não se identificou nenhum parlamentar que tenha "vendido" o seu voto, sendo os petistas condenados por outros atos, todos desconexos. É como condenar alguém por assassinato com as vítimas comprovadamente vivas.
-Marcos Valério nunca foi publicitário. Ele foi contratado por Clésio Andrade para gerir seu caixa, após a morte de Sérgio Motta os tucanos ficaram sem tesoureiro para o caixa 2. Ex-bancário, Marcos Valério tinha apenas 10% de participação na empresa, foi condenado e os verdadeiros donos das empresas foram poupados.
-A grande maioria dos valores movimentados beneficiou parlamentares do PSDB. Clésio Andrade, o real dono das empresas de publicidade se tornou vice governador na gestão de Aécio Neves. Esses valores foram ignorados por Joaquim Barbosa e pelo STF.
-Se não houve "compra de votos", como José Dirceu foi condenado como mentor? Muitos juristas se incomodaram com esta condenação absolutamente sem provas.

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