Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 31, 2015

PC do B desce a lenha

PCdoB leva ao ar programa de TV que petistas não tiveram (ainda) coragem de fazer; assista ao vídeo


pcdobA propaganda do PCdoB que foi ao ar pela TV na noite de ontem (29), em rede nacional, está tendo grande repercussão no meio político pela forte defesa que o partido fez do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).
O partido dos comunistas também puxou pela memória como era o Brasil sob o comando do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, comparando-o com os tempos dos governos petistas.
A legenda vermelha mostrou que a situação melhorou muito e acusou a oposição de usar a crise mundial para tentar dar um golpe e remover a esquerda do poder.
Coube à deputada estadual Leci Brandão, de São Paulo, o recado mais duro para os coxinhas:
“Golpe? É o artifício dos que não conseguem convencer pelas suas ideias. Eles sabem que o povo não esquece o que sofreu quando eles governaram. E se compararem o que cada governo realizou, vão perder de novo. O PCdoB está sempre pronto para dialogar, respeitando o direito que todos têm de pensar diferente, mas também está preparando se o confronto for em outro campo… Se eles quiserem mostrar tamanho, seremos mais altos… Se quiserem ganhar no grito, gritaremos mais alto… Se quiserem medir força, seremos mais fortes que eles…”, diz um trecho da fala da parlamentar.
Por tudo isso, o comentário geral nas redes sociais após a exibição da propaganda é que o PCdoB está fazendo o discurso que o PT deveria fazer, mas ainda não teve a coragem de fazê-lo.
Aliás, “coragem” é justamente o mote da propaganda.
Confira o vídeo a seguir: 
Compartilhe!
*ClaudiaMariaBerto

Nenhum comentário:

Postar um comentário