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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 16, 2015

Deputado cala o plenário: “Na Suiça não tem blindagem.Cunha roubou e a madame gastou milhões”


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” A oposição junto com o PMDB elegeram e sustentam um corrupto na presidência dessa casa “

(Deputado federal Jorge Solla)
Enquanto o Ministério Público da Suíça revela detalhes da farra com o dinheiro público promovido por Eduardo Cunha e sua esposa, PSDB e DEM apenas sugerem ao corrupto pego com as contas bancárias recheadas de dinheiro sujo que renuncie, como se fosse essa uma decisão que tivesse de ser tomada pelo próprio, num exercício de desprendimento pessoal.A oposição precisa ser honesta com seus eleitores, fazer uma autocrítica pesada e pedir desculpas ao povo brasileiro por ter colocado Eduardo Cunhana presidência da Câmara. Elegeram, sustentaram e sustentam um corrupto na presidência da Câmara. Fizeram tudo isso conscientes de quem era Eduardo Cunha. Fizeram com o único e exclusivo objetivo de criar instabilidade política, dificuldades para o governo e tentar viabilizar o impeachment de Dilma Rousseff.
Assinei o pedido e cassação de Cunha, que foi entregue ao Conselho de Ética da Câmara. Qualquer atitude que não seja esta é estar conivente com a presença deste senhor no comando da Câmara e merece a repulsa de toda a população.

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