Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 20, 2010

MERCADANTE tamo chegando L

Eleição em SP tem cheiro de 2° turno


Mercadante participa de debate na TV Record



A Record realiza nesta segunda-feira (20/09) debate eleitoral entre os candidatos ao governo de São Paulo. O site R7 promete transmitir ao vivo a partir das 23h. Mas a concentração pré-debate você acompanha já a partir das 22h na redemercadante. Acompanhe o debate ao vivo pelo site do PT-SP.

*Fonte: Portal Mercadante 13

PesquSP
Pesquisa Diário SP/Ipesp mostra que eleição para governador pode ir para o 2° turno em SP

* Luis Favre

SP está com cheiro de segundo turno. Alckmin, leva o FHC para a tevê !


O Lavareda já foi mais arguto

Saiu no Diário de São Paulo:

A 13 dias da eleição, os números das pesquisas eleitorais apontam que, neste momento, um segundo turno é muito provável no Estado. Isso está indicado solidamente pela pequena diferença entre o total da intenção de voto no candidato Geraldo Alckmin e a soma de todos os outros.


As equipes de campanha dos dois lados discutem a possibilidade, do lado petista, para animar a turma; do lado tucano, para não deixar que uma boa votação no primeiro turno vire frustração por não resultar em vitória imediata.


Segundo a pesquisa Ipespe/DIÁRIO, a intenção de voto em Alckmin é sete pontos percentuais maior do que a soma de seus adversários. Considerando a margem de erro de 3,2% para cima ou para baixo, Alckmin pode ter 42,8% ou 49,2%; os adversários somados podem ter 35,8% a 42,2% dos votos. No pior cenário para o candidato do PSDB, a diferença poderia ser de menos de um ponto percentual; no melhor cenário, ele estaria eleito no primeiro turno com uma diferença de 13,4%.

Navalha

A coisa tá feia para o Geraldo Alckmin.

Amigo navegante, sabe de quem é o Ipespe ?

Do Antonio Lavareda, uma espécie de guru explícito ou implícito dos tucanos.

Ele vai entrar para a História com a entrevista que concedeu a Mauricio Dias – clique aqui para ver o que Mauricio Dias diz sobre o futuro do Aécio.

Lavareda mostrou que, antes de cair, em 1964, a popularidade do Jango, com a campanha das reformas de base, era comparável à do Lula.

De lá para cá, Lavareda fez muita pesquisa para tucano, a começar por Tasso “tenho jatinho porque posso” Jereissati, no Ceará.

(Hoje, Jereissati vende Serra na baixa)

Na eleição de 2006, Lavareda disse a um amigo pernambucano comum que Geraldo Alckmin ia ganhar a eleição.

Paciência.

O Montenegro do Globope também disse que o Lula não transfere voto.

Agora, o Lavareda diz que a eleição em São Paulo pode ir para o segundo turno.

Ele está redondamente enganado.

Na ultima semana, Alckmin vai levar para o programa eleitoral, lado a lado, o FHC e o Serra.

E aí, ele ganha no primeiro turno, disparado.

O Lavareda já foi melhor.

Em tempo: o Lavareda costumava aparecer com frequência na colona (*) que o Otavinho, provisoriamente, conferiu à Monica Bergamo, na Folha (**). Engraçado. Dessa vez, o Lavareda se escondeu no Diário de São Paulo (que só é lido por amigo navegante que me telefonou).

Paulo Henrique Amorim

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário