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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, abril 02, 2012

Fukushima "false flag"?


Eis uma informação que , até agora, parece não ter circulado nos meios "alternativos" de Portugal:

http://rev-fin.webnode.pt/

Fukushima : Um novo 11 de Setembro ?

Jim Stone ex- analista da NSA ( National Security Agency) dos EUA http://www.jimstonefreelance.com/fukushima1.html publicou recentemente um artigo controverso onde pretendeu desmontar a narrativa oficial do desastre de Fukushima e propor uma explicação alternativa.

Stone argumenta, baseado em dados sismográficos registados no Japão, que o terramoto apresentou o grau 6.0 na escala de Richter e não 9.0 como os meios de comunicação repetidamente afirmaram. Jim acredita que a narrativa do terramoto de grau 9.0 foi usada para encobrir o tsunami de grau 9.0 que terá sido causado pela explosão de uma bomba nuclear colocada no fundo do oceano ao largo do Japão. O tsunami terá sido uma punição de Israel pelo facto de o governo japonês se ter oferecido para enriquecer urânio para o Irão.

Inverosímil ? Aparentemente sim. Mas Jim Stone apresenta argumentos verificáveis e, de acordo com as práticas seguidas em qualquer investigação rigorosa, são eles que teremos que julgar. A sua tese não pode ser excluída à priori simplesmente por estar contra tudo aquilo que nos mostraram nos meios de comunicação de massas de todo o mundo. Jim argumenta que, nos vídeos do tsunami, não se observam danos estruturais compatíveis com um terramoto da magnitude 9.0. Exceto na zona afetada diretamente pelo tsunami não se observam danos significativos em edifícios de vários andares nem pontes destruídas pelo sismo. Como comparação, afirma Stone, basta observar as imagens dos danos provocados pelo terramoto de Kobe com uns "meros" 6.9 graus na escala de Richter.

Está disponível no youtube uma entrevista de Jim Stone, que se encontra foragido no México à procura de asilo político, realizada por Kerry Cassidy do Project Camelot : http://www.youtube.com/watch?v=MzQM6x-t8sw . Nesta entrevista Jim Stone revela que Israel tem a capacidade de desencadear "acidentes" em qualquer central energética ou instalação industrial usando o vírus Stuxnet. De acordo com a wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Stuxnet
o " Stuxnet é um worm de computador projetado especificamente para atacar o sistema operacional SCADA, desenvolvido pela Siemens para controlar as centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas. Foi descoberto em junho de 2010 pela empresa bielorrussa desenvolvedora de antivírus VirusBlokAda. É o primeiro worm descoberto que espiona e reprograma sistemas industriais.Ele foi especificamente escrito para atacar o sistema de controle industrial SCADA, usado para controlar e monitorar processos industriais.O Stuxnet é capaz de reprogramar CLPs e esconder as mudanças.O vírus pode estar camuflado em mais de 100 mil computadores, porém, para sistemas operacionais domésticos como o Windows e Mac OS X, o worm é inofensivo, só funciona efetivamente nas centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas, já que cada usina possui sua própria configuração do sistema SCADA. A origem do vírus Stuxnet ainda não foi definida, sabe-se que provavelmente tenha sido desenvolvido a mando de um país (Estados Unidos ou Israel), teoria defendida por Mikka Hypponen, não sendo possível o seu desenvolvimento por usuários domésticos e necessitando-se de informações detalhadas e de difícil acesso sobre o funcionamento da usina." 
As teorias acerca dum possível false flag em Fukushima não são novas (já no ano passado havia os gráficos do Haarp, quase em "tempo real"), mas ganharam nova força em ocasião das comemorações do primeiro aniversário do terremoto.

Então: fenómeno natural ou algo mais?

Eu não tenho todos os dados a disposição, e mesmo que tivesse não saberia o que fazer com eles, pois não sou sismólogo ou expert em desgraças. Portanto aqui deixo não "a verdade" mas simplesmente o meu ponto de vista. Opinável, como é óbvio.

Acho que um false flag em Fukushima não teria feito muito sentido.
Em primeiro lugar: alguém pode apresentar provas de que uma potência qualquer possa desencadear um terremoto (isso partindo do pressuposto que o problema principal tinha sido um fenómeno sísmico) num determinado ponto do globo?
Resposta: não.

Temos teorias, que não faltam, temos a questão do Haarp (americano, israelita, russo, chinês...), temos suspeitas. Mesmo assim, afirmar com certeza que alguém possa fazer isso não é possível.

Mas assumimos que isso seja possível; assumimos que alguém (por exemplo os Estados Unidos) tenham essa capacidade. Com todos os inimigos e as "bases do terror" espalhadas pelo mundo fora, Washington escolheria como alvo o Japão?  E por qual carga d'água? Qual a graça em pôr em apuros o segundo País do mundo em termos de aquisição de Títulos de Estado estadounitenses? Washington não tem já suficientes problemas económicos?

Acho que faria mais sentido provocar um terremoto no Irão, nomeadamente perto duma alegada instalação nuclear militar. O que tornaria felizes os israelitas também.

A propósito: se os Estados Unidos já tivessem esta arma sísmica, porquê ainda não foi utilizada contra o Irão (que, desde já, fica numa zona de reconhecida actividade sísmica)? Seria só ligar o Haarp, apontar e carregar no botão: com um pouco de sorte e de pontaria seria possível pôr fora de uso as terríveis armas atómicas de Teherão (ou, no mínimo, as centrais de desenvolvimento e pesquisa) ou abrandar a construção (ou até destruir) um dos oleodutos que tanto irritam Washington.

Mas nada disso acontece. Talvez não seria mal perguntar a razão pela qual isso não aconteça...

Segunda hipótese: uma atómica israelita no fundo do mar.
O terremoto não tinha grau 9, isso já parece estabelecido. Pelo menos, não tinha perto da costa, no epicentro é outro discurso: o grau nono foi utilizado para justificar as falhas na projectação da central e Fukushima. Mas este é um problema que está relacionado com a Tepco (a empresa privada que gere as instalação) e a corrupção no governo japonês.

Segundo a teoria, israel teria "punido" o Japão por ter-se oferecido para enriquecer urânio para o Irão.

O Irão tem uma central nuclear (a única) no Golfo Pérsico, na localidade costeira de Bushehr. Mesmo à beira do mar, parece gritar "um tsunami, por favor, atinjam-se com um tsunami ou pelo menos um terremoto nuclear!". Mas nada: os israelitas, espertos como raposas do deserto, atacam o Japão.

Mais: segundo Jim Stones "Israel tem a capacidade de desencadear "acidentes" em qualquer central energética ou instalação industrial usando o vírus Stuxnet". Um vírus contra o Irão e uma atómica com terremoto contra o Japão? Mas faz sentido?

Mais a derradeira questão é outra: o Japão na altura ofereceu-se para enriquecer o urânio como uma manobra para arrefecer as tensões internacionais, tal como o plano da AIEA (Agência Internacional para a Energia Atómica), que previa o envio de urânio iraniano para o enriquecimento na Rússia e na França. Neste sentido, o Japão nada fez contra a vontade da frente ocidental contra o programa nuclear de Teherão. Pelo contrário: era esta uma outra tentativa para controlar, de qualquer forma, o combustível nuclear do Irão.

Irão que em final de 2011 concluiu a construção da própria estrutura de enriquecimento. Coisa que os serviços secretos ocidentais e israelitas bem sabiam.

Então israel teria provocado um terremoto nuclear no Japão para evitar que Tóquio participasse na tentativa ocidental de controlar um enriquecimento que, em qualquer caso, teria começado no Irão no prazo de poucos meses?

O Japão fica numa das zonas mais perigosas do planeta do ponto de vista sísmico, o assim chamado Ring of Fire (Anel de Fogo). E contra isso não há nada que possa ser feito.
*Informaçãoincorreta

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