Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 01, 2013


Cubanos comemoram aniversário de 54 anos de Revolução no país

No primeiro dia de 1959, Fidel Castro e suas tropas entraram em Santiago de Cuba e derrubaram Fulgencio Batista

Agência Efe

Diversos cartazes foram espalhados em Cuba para lembrar os 54 anos da Revolução no país


A população cubana iniciou o ano de 2013 com a comemoração dos 54 anos da Revolução no país, que retirou Fulgencio Batista do poder em 1959. À meia-noite local, como já é tradição no país, uma bandeira foi hasteada em Santiago de Cuba, cidade pela qual entraram no território Fidel Castro e suas tropas.

Leia o especial do Opera Mundi sobre os 50 anos de bloqueio econômico a Cuba

De acordo com a Telesur, 160 municípios realizaram festividades pelo aniversário da Revolução Cubana. Outros eventos estão previstos para o dia 6 de janeiro.

Agência Efe


Líderes de diversos países felicitaram o governo cubano nesta terça-feira (1/1). Entre eles estão Jamaica, Romênia, Suriname, Nicarágua, entre outros.

O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que está em Havana acompanhando a recuperação de Hugo Chávez, também agradeceu a colaboração de Cuba com seu país.

“Em nome do comandante Hugo Chávez Frías e com o mais profundo amor de Simón Bolívar, quero destacar a nossa infinita gratidão pelo desprendimento, a entrega e a solidariedade que encarnam cotidianamente as Missões Cubanas na Venezuela.”

Agência Efe
 *NIna

Nenhum comentário:

Postar um comentário