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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 06, 2013

Pilotos israelenses foram detidos pelo regime sírio após ataques, diz TV



  Dois pilotos da Força Aérea israelense foram detidos depois de serem derrubados após novo ataque contra instalações militares na Síria no começo deste domingo, de acordo com informações da mídia síria e libanesa, publicadas pela agência de notícias RT.

Segundo a TV Manar, ligada ao grupo Hezbollah e que cita fontes da segurança em Damasco, um jato israelense foi derrubado pela força aérea síria e dois pilotos teriam sido levados para uma área militar nos arredores da capital, sob controle do presidente Bashar al-Assad.
 
Aviões da Força Aérea israelense atacaram novas áreas em Damasco e nos arredores da capital síria neste domingo, desencadeando uma série de explosões pela cidade. 

O alvo seria um novo carregamento de mísseis de alta precisão, fabricados no Irã, que supostamente teria como destino a milícia libanesa do Hezbollah, de acordo com informações da agência AP.

O ataque, o segundo em três dias, sinaliza um aumento no envolvimento de Israel na guerra civil registrada na Síria há dois anos. Mais cedo, um centro de pesquisas foi atacado por mísseis israelenses em Jamraya, perto de Damasco.

Segundo uma fonte da inteligência em Oriente Médio disse à AP, em condição de anonimato, os alvos dos ataques de Israel foram mísseis Fateh-110 (fotos ao lado), equipados com um sistema de alta precisão e orientação, mais sofisticados do que qualquer armamento que o Hezbollah possui em seu arsenal.

Os ataques causaram um enorme estrondo, sendo que gravações divulgadas por ativistas sírios na internet mostravam um grande incêndio na região dos montes de Qasium, situados próximo a capital síria.

Em um boletim urgente, a televisão estatal informou que esta "agressão israelense" foi acompanhada por uma série de "tentativas de assalto aos postos de controle militares" por parte dos grupos terroristas, uma ação que foi respondida pelas forças do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, e deixou vários "mortos e feridos" entre os rebeldes.

A agência de notícias Sana, porta-voz do regime, qualificou o bombardeio israelense como "uma tentativa clara de ajudar aos grupos terroristas armados", em alusão aos rebeldes que combatem contra o governo de Assad.

"A nova agressão israelense demonstra a adesão direta do país à conspiração contra a Síria, além do vinculo dos grupos terroristas armados com os planos agressores apoiados por países ocidentais, regionais e alguns Estados do Golfo Pérsico", acrescentou a agência Sana.

Fonte: Terra

do Blog HANGAR DO VINNA

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