Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, agosto 15, 2013

15 de agosto de 1969: começa o Festival de Woodstock

WOODSTOCK, PAZ E ROCK

Netto. (Jimi Hendrix e o cartaz do festival).
15 de agosto de 1969: começa o Festival de Woodstock
No dia 15 de agosto de 1969 começava o Woodstock Music & Art Fair, mais conhecido como Woodstock ou Festival de Woodstock. O evento foi um festival de música realizado na fazenda de 600 acres de Max Yasgur, na cidade rural de Bethel, em Nova York, nos EUA. De acordo com o anúncio, o festival era "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música". Aproximadamente meio milhão de pessoas compareceram ao evento, que ficou marcado como ícone do movimento hippie e da contracultura. O festival aconteceu sob chuva, o que não impediu que os maiores nomes da música da época subissem ao palco. Entre os cantores que se apresentaram estavam Janis Joplin, Jimi Hendrix, Santana, The Who, Creendance Clearwater Revival. (Fonte: João de Deus Netto, por email).

Nenhum comentário:

Postar um comentário