Receita cobra R$ 18 bi do Itaú Unibanco por fusão
A Receita Federal está cobrando do Itaú Unibanco cerca de 18,7 bilhões
de reais em impostos atrasados, multas e juros relacionados aos
instrumentos contábeis usados para a unificação das operações que
formaram o maior banco privado do país.
Segundo comunicado do Itaú Unibanco divulgado nesta sexta-feira, a
Receita Federal autuou a instituição financeira, cobrando 11,845 bilhões
de reais em Imposto de Renda, além de 6,867 bilhões em Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido, acrescidos de multa e juros.
As ações do Itaú Unibanco exibiam queda de 1,85 por cento, às 12h08, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,87 por cento.
O valor cobrado pela Receita supera o lucro líquido obtido pelo banco no
ano passado, que foi de 13,5 bilhões de reais. Procurado, o banco disse
que não daria informações adicionais além das divulgadas no fato
relevante.
O anúncio ocorreu quase um ano depois que a Receita afirmou que estava
iniciando cobrança de 86 bilhões de reais em impostos atrasados, na
maior ação de recuperação de débitos já realizada pelo órgão.
Em janeiro, a Receita cobrava mais de 6 bilhões de reais da mineradora
MMX, da produtora de cosméticos Natura, da produtora de celulose Fibria e
da empresa de logística Santos Brasil, em processos que incluíam
recolhimento de Imposto de Renda e de Contribuição Social
O Itaú Unibanco classificou como "remoto" o risco de perda no processo
aberto pela Receita, mas não informou se provisionará a cobrança em seus
balanços futuros.
A instituição afirmou que as operações de fusão do Itaú com o Unibanco
em 2008 foram legítimas e que foram aprovadas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), pelo Banco Central e pelo Conselho Administrativo de
Defesa Econômica.
*comtextolivre
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