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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 05, 2014

Grupo feminista Putinhas Aborteiras (vergonha alheia)

2 comentários:

  1. "A mulher não foi feita para os homens, assim como os negros não foram feitos para o brancos, e muito menos os animais para serem explorados e comidos pelos animais humanos!" Liberdade, direitos, paz e respeito acima de tudo, é o mínimo! Sei que muitos, e até muitas irão ser contra este meu comentário, mas o corpo de cada mulher pertence somente a ela, assim como o do homem é dele, por isso se ela não quer a gravidez, torna-se conscientemente responsável pelo que está fazendo, uma vez que o feto ainda não se fez em formas e muito menos saiu ao mundo. O correto sim é prevenir-se para não ter mais tarde culpa de consciência caso venha a se arrepender, e sua cria ser apenas um número a mais na sociedade, sendo o crime de consciência materna o maior castigo "penal" de uma mulher: ELA É DONA DO SEU CORPO. Insistir na hipocrisia do aborto como crime, é continuar em alta escala o machismo, é enaltecer o homem como dono da mulher, e em pleno SEC XXI - 3° Milênio, onde inclusive já existem métodos outros de gravidez que não o normal "medieval" e opcional, é apenas e tão somente alavancar o machismo e os preconceitos, que só levam a violências, guerras, estupros e assassinatos, nada mais. A mulher, ela sim, é responsável pelo que tem dentro de si, seja vida, silicone ou o que quer colocar, é dona do seu ventre/útero, vagina, ânus, seja lá o que for. Agora, se o feto se cria vindo ao mundo, rompendo-se o cordão umbilical.., aí sim, tem que ter DIREITO À VIDA, RESPEITO E DIGNIDADE, COMO TODOS OS SERES VIVOS SENCIENTES. Para se conter o indesejado e o "maldito crescei-vos e multiplicai-vos!" das religiões, é evitando, castrando-se, vasectomias, laqueaduras, camisinhas, Dil e o diabo a quatro para impedir, porque, ressalto, ser vivo senciente veio ao mundo, NASCEU, tem que ter direito á vida e respeito, do contrário é assassinato e assassinato é crime! Portanto, excetuando-se a pichação e o funk..., parabéns meninas !!!" Maria José Nia (Vegana e Ativista pelos Direitos dos Animais)

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