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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 28, 2015

Centrais sindicais organizam ato em defesa da reforma política

Centrais sindicais organizam ato em defesa da reforma política


Movimentos sociais se uniram para manifestação marcada para o dia 7 de abril

As centrais sindicais, em conjunto com os movimentos sociais e populares, estão organizando um ato previsto para o dia 7 de abril, em todo o Brasil.
Na pauta, temas o fortalecimento da democracia, defesa da Petrobras, reforma política, reprovação do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no País e pela implementação de um projeto de desenvolvimento econômico com justiça e inclusão social.
Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o PL 4330 permitirá que as empresas terceirizem até mesmo sua atividade principal, o que seria prejudicial para o mercado de trabalho. “Essa é uma pauta específica dos movimentos sindicais e é apoiada pelos demais setores”, afirma a secretária de comunicação da CUT, Rosane Bertotti.
Antes, está marcada para o dia 31 de março uma plenária promovida pela CUT, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros movimentos populares do campo e da cidade, da juventude, feministas e combate ao racismo.
A intenção dos movimentos é unir forças para demonstrar apoio ao governo na luta por uma reforma política. Para a representante da CUT, é preciso valorizar a participação popular na política, hoje sub-representada no Congresso Nacional.
Fazendo coro a outros movimentos organizados pelo povo, as centrais sindicais pedirão também para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que há quase um ano pediu vistas do processo que foi considerado inconstitucional por seis dos 11 ministros do STF, se pronuncie sobre o financiamento empresarial de campanha. Para eles, a Reforma Política é a melhor forma de combater a corrupção.
Segundo a secretária de comunicação da CUT, a entidade irá para as ruas defender ainda o fim do monopólio e liberdade de expressão, não apenas para os donos dos meios de comunicação, mas, sim, para toda a população.
Enfáticos, eles explicam criticam a pauta defendida pela elite, que não é a mesma da classe trabalhadora, ignorada pela grande mídia.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias.
FONTE: http://www.ptbahia.org.br/noticias/item/3462-centrais-sindicais-organizam-ato-em-defesa-da-reforma-pol%C3%ADtica.html

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