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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, março 26, 2015

Vladimir Komoedov, disse que, se surgir a necessidade de instalar armas nucleares na Crimeia

Cidade de Sevastopol na Crimeia

Deputado: Rússia não precisa de permissão para instalar armas nucleares na Crimeia

© Sputnik/ Vasily Batanov
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O presidente do Comitê da Defesa da Duma Estatal russa, Vladimir Komoedov, disse que, se surgir a necessidade de instalar armas nucleares na Crimeia, a Rússia não pedirá licença a ninguém.
Na semana passada o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, manifestou preocupação em relação à possível instalação das armas nucleares russas na Crimeia. 
“Não vamos sujar um diamante /como é a Crimeia/ com armas nucleares – o que temos já é bastante. Porém, é território russo e, se surgir tal necessidade, não pediremos licença a ninguém”, afirmou Komoedov numa entrevista ao jornal Izvestia.
Anteriormente já fora informado que, no quadro de verificação surpresa de prontidão de combate das tropas na Crimeia, podiam ser deslocados bombardeiros estratégicos Tu-22M3 para a península (estes aviões podem em princípio transportar armas nucleares), mas a Rússia não nada disse sobre planos de enviar as próprias ogivas nucleares para a Crimeia.


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