Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 04, 2010

Basta de Armas Nucleares ACORDA MUNDO




Neonazistas: por omissão, ignorância ou ideologia

Por Herivelto Quaresma, 01.06.2010 Benjamin Netanyahu: o nazismo vivo.“A política genocida do estado judeu com relação aos palestinos é equivalente à que foi praticada contra os judeus durante o regime nazista. Não aprenderam nada, a não ser a repetição das crueldades a que foram submetidos. E a ‘ordem internacional’, dominada pelo grande capital, deixa acontecer.”

ISRAEL É A SEXTA MAIOR POTÊNCIA NUCLEAR, AFIRMAM ANALISTAS BRITÂNICOS

.

IAR Notícias (*) – em Controvérsia

Num contexto de crescente pressão para que Israel declare seu arsenal nuclear, analistas de defesa da agência britânicaJane estimam que o Estado judeu tem entre 100 e 300 ogivas nucleares, colocando-os entre os estados mais avançados em termos de armamento nuclear, junto com o Reino Unido.

Segundo a agência, o poder estratégico de Israel concentra-se no míssil Jericó 2, que tem um alcance de até 4.500 km, ou Jericó 3, que atinge até 7800 km. Também se acredita ser capaz de implantar o armamento por via aérea, utilizando caças F-16, e até mesmo por mar, através da sua frota de submarinos, fornecendo uma oportunidade para um segundo ataque, se os seus sistemas de terra forem atacados.

“Alguns analistas acreditam que Israel tem provavelmente a maioria, se não todo o seu arsenal nuclear desmontado”, segundo a última conferência da agência de defesa britânica, acrescentando que “em questão de dias pode ter armas em pleno funcionamento”.

A londrina International Institute for Strategic Studies (IISS) estima que Israel tem “até 200 ogivas”, entre mísseis de curto alcance em terra (Jericó 1) e mísseis de médio alcance (Jericó 2). A Nuclear Threat Initiative, um grupo de defesa norte-americano co-criado por Ted Turner, fundador da CNN, estima que o total é de 100 a 200 ogivas.

Os países vizinhos, como Egito e Turquia, também exigiram que Israel seja colocado sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O governo Netanyahu teme que a demanda reapareça e que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apoie a iniciativa de alguma forma.

Em uma atitude de desafio e de impunidade, a primeira potência militar do Oriente Médio se recusa a participar da cúpula convocada pelos Estados Unidos em Washington. Assim, o estado sionista evita revelar seu poderoso arsenal nuclear não declarado ou sujeitá-lo a qualquer controle internacional.

Em vez do chefe do Governo, participará da cúpula israelense em Washington o Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Serviços de Inteligência, Dan Meridor, e o diretor israelense da Agência para a Energia Atômica, Shaul Horev, além do conselheiro de Segurança Nacional de Netanyahu, Uzi Arad.

“Nos últimos dias tivemos informações de que alguns estão interessados em usar a cúpula para atacar Israel e por isso o primeiro-ministro decidiu não aderir”, disse uma fonte do governo israelense citado pela imprensa judaica.

A decisão foi tomada sexta-feira por Netanyahu, após parecer de sua equipe em uma reunião de última hora. Verificou-se que vários países árabes e muçulmanos são igualmente convidados a Washington. Eles pretendem exigir a inclusão de Israel no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

(*) Agencia Matriz del Sur via Portal Rebelion. Tradução: Gustavo Barreto.

Fonte: Fazendo Média

Nenhum comentário:

Postar um comentário