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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 04, 2010

Banda Larga Mentes Abertas






Banda larga é democracia e golpe nunca mais

Segundo os dados da PNAD 2008, o acesso à internet, estimado pelo IBGE

Com toda a deficiência de uma das piores redes de conexão entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, ainda assim os brasileiros estão avançando no uso da internet a passos largos. A última pesquisa Ibope-Nielsen mostra que as conexões de banda larga (que, com enorme boa-vontade, eles classificam como aquelas com capacidade igual ou maior a 512 quilobytes por segundo) cresceram 22% no mercado residencial, entre abril de 2009 e abril deste ano.

Mais da metade dos internautas brasileiros já está na banda larga – com a qualidade que sabemos, tá certo… – e este número cresce sem parar. Quase a metade da poulação dos centros urbanos já tem acesso à rede, embora muitos deles só no trabalho ou em lan-houses, pois só 23% dos domicilios dispõem de algum tipo de conexão.

Agora imaginem o que será quando se atingir a meta de 68% das residencias conectadas, fixada pelo Plano Nacional de Banda Larga?

Embora muitos não tenham se dado conta, a internet já joga um papel decisivo na informação. Já não é possível esconder quase que totalmente os fatos. E, muito menos, fazer com que as opiniões se disseminem. Claro que os grandes orgãos de comunicação, com seus portais, ainda têm a hegemonia da informação.

Os golpes de mídia já não contam com o silêncio que os acoberta.

Nós já podemos nos mexer. E estamos nos mexendo.

Viva o Brasil onde todos tenham voz!

Brizola Neto

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