CHEbola: Israel colonia americana armada até os dentes ninguém segura?!?

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.

É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.

É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.

Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.

Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 04, 2010

Israel colonia americana armada até os dentes ninguém segura?!?

Uma chance para a ONU agir

sexta-feira, 4 junho, 2010 às 9:56

Está chegando à costa de Gaza o Rachel Corrie, um barco da flotilha interceptada pela marinha istraelense no início da semana que havia ficado para trás. Segundo a BBC, o barco, de bandeira irlandesa, está a 240 km do litoral de Gaza, mas desacelerou sua marcha para não se aventurar á noite na área patrulhada por Israel.

Há algumas horas, portanto, para evitar-se novas cenas de violência e perdas de vidas. Na embarcação está Mairead Corrigan Maguire, Prêmio Nobel da Paz em 1976, por sua ação em favor da paz na Irlanda do Norte, nos anos 70. No barco, a carga, entre outras coisas, é composta por cimento, cadeiras de roda, equipamentos médicos,lápis e cadernos. Israel diz que há equipamento militar para o Hamas. No porto de Gaza, uma multidão se aglomerou para receber o barco, cuja chegada era esperada para hoje.

Onde está a ONU diante disso. Onde está a iniciativa? Porque não enviar já uma comissão para o Rachel Corrie e dar consequencia prática à exigência de que cesse o bloqueio a Gaza, que todos dizem condenar.

Israel não atacará uma embarcação onde houver uma delegação das Nações Unidas. Por mais tresloucados que tenham sido seus gestos, isso não fará.

Um pequenino barco, levando gente com a coragem de evitar a luta, pode mudar o curso desta história.

Brizola Neto