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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 11, 2010

Coisas Lixo

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Golfo do México: extensão do vazamento pode ser muito maior

Por Redação [Sexta-Feira, 11 de Junho de 2010 às 14:50hs]

A US Geological Survey, ligada ao governo norte-americano, divulgou nesta quinta-feira novos dados que indicam que o vazamento de petróleo provocado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon da British Petroleum pode ter chegado a 40.000 barris (cerca de 6,36 milhões de litros) por dia. Esta estimativa é mais do que o dobro das anteriores.

O professor de oceanografia da Florida State University, Ian McDonald, diz que a BP subestimou o volume do derramamento e sobre-estimou as suas capacidades para o conter. "Depois eles mudaram e tentaram recuperar o petróleo com este funil gigante. Mas 15 mil barris por dia claramente não é sequer metade do petróleo que é derramado."

O petróleo está indo para o mar desde 20 de abril, quando explodiu a plataforma. Depois de várias tentativas fracassadas de conter o vazamento, a BP conseguiu no dia 3 de junho começar a desviar o petróleo derramado para uma espécie de funil gigante. Segundo a companhia, por meio deste processo estão sendo recolhidos em navios mais de 15.000 barris (mais de 2,38 milhões de litros) por dia.

Na próxima segunda-feira, o presidente Obama fará a sua quarta visita ao Golfo do México, desde o início do vazamento, que afeta fortemente cinco estados norte-americanos. A população dos EUA é cada vez mais crítica face à gestão, havendo sondagens que apontam que sete em cada dez norte-americanos está descontente com a gestão da crise.

Por Esquerda.net.

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