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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 06, 2010

Comparar é humano







A diferença é que nos petistas e o PT não temos medo de comparar o nosso governo com os do tucanos, enquanto o PSDB para fugir dessas comparações recorre a ataques!
Nos tempos de FHC, o Risco Brasil estava em 2.700 pontos. Nos tempos de Lula, 200 pontos.
O salário mínimo quando Lula assumiu a Presidência da República, em 2003, estava em 64 dólares. Agora, está entre 290 e 300 dólares.
O dólar que valia R$ 3, agora vale R$ 1,78. FHC não pagou a dívida com o FMI. Lula pagou-a em dólar.
A indústria naval, tão importante para o desenvolvimento do País, FHC não mexeu. Lula reconstruiu.
FHC não construiu nenhuma nova universidade. Lula construiu dez novas universidades federais. Quanto às extensões universitárias, no governo do tucanato não houve nenhuma. No governo Lula foram 45.
As escolas técnicas foram esquecidas na era FHC. Ele não construiu uma sequer. Lula construiu 214.
No campo da economia, as reservas cambiais no governo FHC foram 185 bilhões de dólares negativos. No governo Lula, 239 bilhões de dólares positivos.
O crédito para o povo/PIB no governo tucano foi de apenas 14%. No governo Lula, com as políticas anticíclicas, alcançou 34%.
Em relação à infraestrutura, FHC não construiu nenhuma estrada de ferro. Pelo contrário, as privatizou. No governo Lula, três estão em andamento.
Quando Lula assumiu o governo, 90% das estradas rodoviárias estavam danificadas. Agora, 70% estão recuperadas.
No campo da indústria automobilística, na era FHC, 20% em baixa. Na era Lula, 30% em alta.
Nos oito anos em que FHC presidiu o País, houve quatro crises internacionais, que arrasaram o Brasil. Na era Lula, foi enfrentada uma grande crise, que o Brasil superou em razão das reservas acumuladas e das políticas anticíclicas empreendidas pelo governo.
O cambio no governo FH era fixo, e estourou o Tesouro Nacional. No governo Lula é flutuante, com ligeiras intervenções do Banco Central.
A taxa de juros Selic atingiu na era FHC incríveis 27%. No governo Lula chegou ao seu menor percentual desde quando foi criada, em 1983, 8,5%.
A mobilidade social no governo tucano foi de apenas 2 milhões de pessoas. No governo Lula, 23 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza.
FHC criou apenas 780 mil empregos em oito anos. Lula criou 12 milhões.
O governo tucano nada investiu em infraestrutura. Com o PAC Lula pretende investir R$ 504 bilhões até 2010.
Por fim, no mercado internacional, o Brasil, no governo FHC não teve crédito. No governo Lula, o País foi reconhecido como investmento grade pelas três maiores agências de classificação de risco internacionais. Ou seja, deixamos de ser um país em que o capital externo só entrava para especular para ser um país de investimentos.
Estas são as comparações que os tucanos querem evitar a todo custo na peleja de 2010. Escrito por janemel@superig.com.br

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