Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 10, 2010

A Bomba das Privatizações está chegando






“Citco Building”, nas Ilhas Virgens: o verdadeiro mapa da mina aponta para lá


O verdadeiro mapa do tesouro não leva a Mauá

Prestem atenção nesse trecho de uma reportagem assinada por Amaury Ribeiro Junior:

“Spencer concentrava seus negócios caribenhos na caixa postal 662 do Edifício Citco, em Road Town, nas Ilhas Virgens, endereço do escritório da Citco, especializado na abertura de empresas offshore.”

David Eric Spencer é um advogado dos EUA que prestava serviços a Ricardo Sérgio - tucano que atua nos bastidores, foi diretor do Banco do Brasil no governo FHC, durante as privatizações, e é muito próximo a Serra. A reportagem acima é de 2003 e foi publicada pela revista Istoé.

Foi naquela época que Amaury começou a investigar a barafunda financeira do tucanato. Dinheiro que vai, dinheiro que vem. Genro, filha… As seguidas reportagens renderam um processo de Ricardo Sérgio contra Amaury. O jornalista pediu “exceção de verdade” (quando o sujeito que é processado por calúnia pede para provar que a afirmação feita é verdadeira), e foi no âmbito dessa ação que Amaury ganhou o direito de acessar a ampla documentação recolhida pela CPI do Banestado – documentação que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) guardava a sete chaves.

Foi a partir dessa documentação que Amaury recolheu o grosso do material que integrará seu livro sobre as privatizações tucanas e os estranhos caminhos do dinheiro. Amaury saiu da Istoé, rodou por aí. Trabalhou no “Estado de Minas”, sempre coletando rico (!) material sobre as peripécias financeiras que ligam São Paulo, Buenos Aires, Miami, Nova York e as Ilhas Virgens.

Os segredos de Verônica Serra e do genro de Serra (no país da piada pronta, o cara tinha que ter esse nome: Alexandre Bourgeois – Alexandre Burguês) não estão nas declarações de Imposto de Renda que vazaram no ABC paulista. O vazamento, se de fato ocorreu, é criminoso. E deve ser investigado. Mas o importante não é o que está nos documentos de Mauá ou Santo André, e sim o que aparece nas empresas registradas nas Ilhas Virgens.

O mapa da mina (ou o mapa de Minas?) aponta pra lá!

Citco Building. Guardem esse nome.

Enquanto o livro do Amaury Jr não vem (2): Tucanos privatizaram Banespa porque ele estaria quebrado. Era mentira

Mais uma denúncia de Aloysio Biondi:

A falsa quebra do Banespa e do BB: as provas

Jornal Folha de S.Paulo , quinta-feira 5 de junho de 1997

Quem está confessando a verdade, agora, é a própria equipe econômica FHC/BNDES: o Banco do Estado de São Paulo não "quebrou" em 1994. Sua "falência", anunciada ruidosamente, foi forjada por Malan, Loyola, Franco, Serra e aliados – com a conivência do governador tucano Mário Covas, óbvio. O Banespa jamais quebrou – foi tudo encenação para enganar a opinião pública e levá-la a apoiar a sua privatização.

Essa confissão foi feita na semana passada, sem merecer o destaque devido, nos meios de comunicação. Para entender a reviravolta, não custa relembrar a história da "quebra" do Banespa: em 1992, o governo paulista, com o apoio do próprio Planalto, renegociou sua dívida para com o banco, para pagamento em muitos anos, em prestações. Até dezembro de 1994, essas prestações foram pagas.

Naquele mês, já eleito o tucano Mário Covas, e às vésperas de sua posse, o governo Fleury atrasou o pagamento de uma prestação, no valor de R$ 30 milhões, ridículo quando comparado ao tamanho da dívida, então de R$ 5 bilhões. Período do atraso? Apenas 15 dias. Prontamente, a equipe FHC/BNDES aproveitou o "atraso" para considerar que o acordo de refinanciamento da dívida estava quebrado e, como conseqüência, decidiu também que toda a dívida de R$ 5 bilhões deveria ser considerada como prejuízo. Isto é, deveria ser considerada "dinheiro" irrecuperável, e, portanto, lançada no balanço do Banespa como prejuízo.

Só ilegalidades - Note-se bem: a equipe FHC/BNDES cometeu o disparate de tratar o Estado de São Paulo como se ele fosse um dono de boteco de esquina "quebrado", que jamais poderia pagar o Banespa. Ordenou que toda a dívida fosse considerada, no balanço, como prejuízo definitivo, dinheiro perdido para todo o sempre. Com essa orientação, obviamente o Banespa apresentaria um prejuízo gigantesco no balanço daquele ano. Ou, pior ainda, um prejuízo superior ao próprio patrimônio do banco, que, assim, foi declarado "quebrado".

Qual foi a reviravolta da semana passada, a confissão do governo FHC? Aqui, é preciso mais um pouco de história. A pretensa "quebra" do Banespa foi atribuída a desmandos, corrupção e dívidas contraídas nos dois governos anteriores, do PMDB, Quércia e Fleury. Inconformado diante da manobra, o ex-governador Orestes Quércia entrou com ação, na Justiça, para impedir que fosse adotada a "fórmula" de lançamento de falsos prejuízos, imposta pela equipe FHC. Suas principais alegações na Justiça: a manobra da equipe FHC era absolutamente ilegal, pois desrespeitava as próprias normas ("leis") do Banco Central.

Como assim? Quando um cliente não paga sua dívida para com um banco qualquer, o Banco Central permite que o atraso chegue a até um ano, 365 dias, antes de exigir que essa dívida seja lançada como prejuízo no balanço. Esse prazo máximo, de 365 dias, é válido para os casos em que o devedor tenha garantias (imóveis, bens etc.) a oferecer – e o devedor, no caso, era nada mais nada menos que o próprio Estado de São Paulo. Mesmo quando o devedor não tem garantias a oferecer, o prazo mínimo concedido pelo BC é de 30 dias. E, no caso do Banespa, o atraso da parcela de R$ 30 milhões era de apenas 15 dias. Isto é, dentro do prazo de tolerância das regras do Banco Central. Mesmo assim, houve a encenação da ruidosa quebra. Arbitrariedade monstruosa.

A confissão - A partir da ação do ex-governador Quércia, por decisão da Justiça a publicação dos balanços do Banespa está suspensa desde 1994 – enquanto não se chegava a uma conclusão definitiva sobre a legalidade da decisão do governo FHC, de "decretar" a quebra do Banespa. Agora, a reviravolta: na semana passada, o Conselho Monetário Nacional, isto é, o governo FHC, autorizou o Banespa a publicar balanços dos últimos três anos, sem lançar a dívida do Estado como dinheiro irrecuperável – isto é, exatamente como o ex-governador defendia na Justiça. Desapareceu a "quebra" do Banespa – e é notável que os meios de comunicação, salvo registro na Gazeta Mercantil, tenham ignorado a imensa importância do fato. Desapareceu o prejuízo do Banespa. Os balanços de 1995, 1996 e 1997 vão mostrar lucros. A farsa está desmascarada. Qual a semelhança entre o Banco do Brasil e o Banespa? A equipe FHC forjou, com mecanismos iguais, o "prejuízo recorde" do Banco do Brasil – como esta coluna denunciou na época. Ações na Justiça podem restabelecer a verdade.

*BlogdoMello

Serra privatizou com prazer. Está registrado

por Luiz Carlos Azenha

Nos próximos dias teremos um debate sobre as privatizações. Não na mídia, lógico, que jamais tocaria num tema destes em véspera de eleição. Mas pode surgir nos debates e, com certeza, estará nos palanques da coalizão governista (o presidente Lula já falou a respeito em um comício em Ribeirão Preto).

José Serra, obviamente, vai falar que não teve nada com isso. Ou vai escolher as privatizações às quais quer associar sua imagem. Por isso, é importante registrar o prazer estampado no rosto de José Serra quando ele participou das privatizações, como ministro do Planejamento no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB:

A respeito da privatização no setor energético, registro o seguinte texto, que o presidente da CUT, Artur Henrique, publicou em seu blog:

Recordar é viver: como os tucanos criaram as caras tarifas de energia elétrica no Brasil

O alto preço das tarifas de energia elétrica que o consumidor brasileiro paga atualmente é um resultado direto das privatizações levadas a cabo pelo governo FHC/PSDB.

Mais do que a privatização, por si só um erro estratégico, a causa foi o modelo adotado e a pressa e descuido com que o processo foi gerido.

O modelo privatista do setor elétrico e suas regras só ficaram definidos por completo em 1998 – incluindo a explicitação do papel da agência reguladora do setor (a Aneel), cujo regulamento interno só ficou pronto no final de 97.

Porém, ainda antes disso, o governo FHC/PSDB já havia entregado à iniciativa privada mais de 20 distribuidoras de energia. “A privatização ocorreu num vácuo institucional”, diz o pesquisador José Paulo Vieira, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“A privatização tucana funcionou como se leões fossem soltos numa arena para só depois o governo sair correndo atrás deles com uma cerca nas mãos”, ilustra Vieira. Os grupos que adquiriram as empresas o fizeram antes das regras prontas e, portanto, passaram a ter uma base de atuação no país e influenciaram as normas que estavam em construção, impondo seus interesses.

E há, nessas regras, dois pontos fundamentais que sempre favoreceram as empresas compradoras, e não o consumidor. Todos os anos os preços dos serviços são reajustados pelo IGPM (Índice Geral de Preços de Mercado), o que garante a reposição acima da inflação. E a cada cinco anos, em média, há uma revisão das tarifas, o que garante aumento do preço para além do IGPM já repassado nos anos anteriores. Tudo isso garantido pela Aneel, muito mais zelosa da proteção aos grandes contratos do que aos consumidores.

As tarifas dos serviços públicos privatizados – e não só da energia elétrica, mas também das telecomunicações, das estradas – com a privatização, assumiram o privilégio de ser as únicas indexadas em um País que tinha adotado o Plano Real para, ironicamente, acabar com as indexações.

Em função dos contratos de concessão fechados no final dos anos 1990, a primeira revisão das tarifas ocorreu justamente nos anos de 2003 e 2004, início do governo Lula. Não houve qualquer interferência na sua implementação, dado o respeito aos contratos e ao papel institucional da agência reguladora – compromisso que a equipe do candidato Lula havia assumido publicamente em 2002. Também a forma de subsídio à baixa renda – parcela menor do custo das tarifas – foi herança do modelo anterior.

Portanto não é verdadeira a afirmação da Folha de S. Paulo do último dia 5, de que tarifas de energia caras ou perdas para o consumidor tenham sido causadas pelo atual governo. Mais descabido ainda foi o alarde da manchete, pois, além do apontado pelo jornal, outros aumentos tarifários de maior vulto (todos surgidos na época das privatizações) foram desvendados pela CPI das Tarifas, em 2009, graças ao trabalho de pesquisadores da USP e da UFRJ, que assessoraram a investigação. Todavia, os jornais deram pouquíssimo destaque para essas descobertas, à época.

“Se é claro que o assunto é de relevante interesse do consumidor, qual a razão de ter sido ignorado, na época da CPI das Tarifas, e de agora se transfigurar em escândalo justamente às vésperas da eleicão?”, indaga Vieira. Pode-se perguntar ainda: como a campanha serrista tem a desfaçatez de acusar a Dilma de ter responsabilidade sobre isso?

De resto, a grande imprensa sempre manteve discrição em relação a quem criticava as privatizações. O Sinergia-SP, que representa os trabalhadores do setor de energia no Estado de São Paulo, levantou ao longo dos anos 1990 diversas denúncias documentadas sobre as privatizações, apresentou muitas projeções sobre os prejuízos que a população teria – como está tendo agora – e realizou mobilizações intensas contra a venda das estatais. Com exceção de alguns trabalhadores jornalistas que lutavam por espaço à crítica nos meios de comunicação que os empregavam, o silêncio era quase total.

Por outro lado, cabem críticas ao atual governo por não ter mexido nos contratos de concessão. Mas o que não tem cabimento é acusar o governo por este problema ou pela alegada falta de respeito ao papel das agências reguladoras.

Apesar da preservação dos contratos, o atual governo produziu melhorias no modelo energético. O BNDES passou a financiar a ampliação da oferta, e não mais a entrega de empresas, usinas e sistemas elétricos prontos, que não gerava ampliação dos serviços.

Outra diferença em relação ao governo passado é que atualmente as empresas distribuidoras de energia são obrigadas a contratar toda a demanda prevista para os próximos anos, mesmo que ao final do período nem toda a energia tenha sido consumida.

Antes, não havia garantia de expansão, pois o planejamento era “indicativo” e as empresas fariam o investimento, eventualmente, se lhes fosse atrativo o “sinal de preços”. Ou seja, na época tucana, se as empresas considerassem que o aumento das tarifas não compensava novos investimentos, nenhum investimento seria feito. Foi exatamente isso que gerou o apagão de 2001.

Hoje, o planejamento é determinativo e é obrigatório o investimento no aumento da oferta de energia. Os investimentos estão sendo feitos e não há no horizonte qualquer risco de desabastecimento. Nos cálculos do grupo de estudos da UFRJ, o Brasil necessita atualmente ampliar a oferta de energia, todos os anos, em 3,5 gigawatts médios.

As empresas foram privatizadas pelos tucanos, mas o serviço deve continuar público.



Revista mostra empresa da filha de Serra e da irmã de Daniel Dantas promovendo intensa quebra de sigilo bancário

A revista Carta Capital desta semana traz reportagem de Leandro Fortes que deixa o Zé Baixaria e seus papagaios na imprensa em uma sinuca de bico:

Por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC e José Serra (PSDB), a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

A Decidir.com foi resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas.

O primeiro ramo de atividade da empresa era "assessorar licitações públicas".

Depois, a empresa resolveu ser uma concorrente da Serasa.

Fez um acordo com o Banco do Brasil e através disso conseguiu abrir sigilos bancários.

O notável empreendimento de Miami conseguiu também a proeza de abrir e divulgar a lista negra do Banco Central.

O jornal Folha de São Paulo, na época, abriu o sigilo de 700 autoridades que passaram cheques sem fundo.

O então presidente da Câmara, Michel Temer, oficiou o Banco Central.

E, a partir daí, houve uma operação abafa demo-tucana.

O Banco Central, a Polícia Federal, o Ministério da Fazenda, Procurador Geral da República não fizeram nada.

Faltava pouco para a eleição presidencial de 2002, quando José Serra tomou a surra de 61% a 39%.

Esta edição da Carta Capital é mais um marco desnudando a hipocrisia e rede de mentiras demo-tucana. (Do Conversa Afiada)

A vale vai ter seus próprios navios , eles serão financiados por bancos chineses, pra levar aço para os chineses, construídos por estaleiros Chineses! A Vale é 'nossa!'
E os miquinhos amestrados da GROBO comemoram!

E TEM MAIS , O GOVERNADOR(PSDB) DE SÃO PAULO ESTÁ FAZENDO TUDO PARA QUE A COPA 2014 SEJA UM FRACASSO NO SEU ESTADO.É TRISTE !


Nenhum comentário:

Postar um comentário