Demóstenes é a cabeça do iceberg.
CPI tem que ir mais fundo
O destino político de Demóstenes está traçado: a sarjeta.
Demóstenes, porém, é a cabeça do iceberg.
A expulsão do DEMO e do Senado, a investigação no Supremo, isso não basta.
Tem que descer mais fundo, nas águas turvas.
E só uma CPI – alô, alô, PT de São Paulo – pode meter a mão na lama.
Como aquela outra, do Roberto Jefferson.
Descer pelo esgoto em que entrou, na condição de testemunha especialíssima, o Toninho da Barcelona, aquele doleiro ilustre, convocado pelo falecido ACM para derrubar o Presidente Lula.
Uma CPI de verdade – alô, alô, Gilmar Tatto, Chinaglia – tem que apurar o que o Luiz Fernando Correa não apurou: cadê o áudio do grampo ?
Ou, vai ver, nunca houve aquele grampo ?
Por que a Veja e o Cachoeira queriam destituir o dr Paulo Lacerda, Gilmar Tatto ?
Não é uma boa pergunta ?
Tatto, que tal perguntar ao Demóstenes sobre a ligação entre a indústria de genéricos em Anápolis e o Ministro da Saúde Padim Pade Cerra, que tentou se apropriar da ideia dos genéricos ?
O Demóstenes reza pela cartilha do Aécio Never ou do Padim Pade Cerra ?
A quem interessava fuzilar o José Dirceu com aquele vídeo do Valdomiro Diniz ?
Talvez seja o caso de convocar para depor a Renata Lo Prete, que Ilustrou a Folha (*) e hoje ilumina a Globo News.
Ela ganhou um Prêmio Pulitzer com a entrevista do Roberto Jefferson.
Talvez ela saiba por que o empresário Cachoeira queria fuzilar o Dirceu.
O Cachoeira não é ingênuo.
O Demóstenes não é bobo.
Bobos somos nós, não é isso, Gilmar Tatto ?
Em tempo: se o amigo navegante ainda não percebeu, Gilmar Tatto é o novo líder do PT na Câmara. Ele é de São Paulo e prefere ver Satanás nu a tratar de CPI da Privataria. CPI da Privataria, do Cachoeira, é tudo a mesma gente. A rigor, bastava uma CPI só. Como se dizia em “Casablanca”, são “the usual suspects”.
Clique aqui para ler “Nassif: Cerra é fã de Demóstenes”.
Paulo Henrique Amorim
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