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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, março 29, 2012

Demóstenes, Veja, Mensalão e o STF - Quem armou para detonar José Dirceu? # @

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:O texto que o Escrevinhador reproduz abaixo merece ser lido com muita atenção. A informação é de que Carlinhos Cachoeira (aquele que a Folha, com deferência, chama de “empresário do jogo”) teria tramado o Mensalão em parceria com Demóstenes Torres (DEM-GO) – o grande tribuno da moral e dos bons costumes. E mais: a Veja pode ter participado da trama.

Hum…
Revista Veja constrangeu reportagens investigativas sobre Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira, forjando a surrada técnica de contra-informação usada por José Serra, de se passar por vítima de dossiês quando é flagrado em algum escândalo de corrupção.
http://veja.abril.com.br/101007/p_060.shtml
Uma matéria de contra-informação publicada na revista Veja em 2007 para blindar o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) das acusações que agora vem ao conhecimento público, reforça indícios da associação da revista Veja com Carlinhos Cachoeira.

Em 2007, o senador Demóstenes Torres (DEMos/GO) conspirava no conselho de ética no Senado e na imprensa para cassar o então presidente do senado Renan Calheiros (PMDB/AL), acusado de ter contas supostamente pagas por um lobista de uma empreiteira.

Por trás da trama do denuncismo, a preocupação com a ética passava longe. Havia apenas a disputa política pelo poder no Senado.
Leia matéria completa :

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