Investigação esquecida?
É gritante a disparidade de tratamento e apuração de escândalos por parte da imprensa e das autoridades responsáveis pelas investigações quando se trata de governos e políticos da oposição
É gritante a disparidade de tratamento e apuração de escândalos por
parte da imprensa e das autoridades responsáveis pelas investigações
quando se trata de governos e políticos da oposição. Este é um vício
perigoso e que deve ser combatido, na busca de um tratamento isonômico
dos escândalos.
O exemplo mais recente disso é a denúncia da venda de emendas
parlamentares na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). A
prática tucana teria se tornado comum, de acordo com o denunciante, o
deputado estadual Roque Barbiere (PTB), integrante da própria base dos
governos tucanos no Estado.
Na semana passada, completaram exatos seis meses da denúncia de
Barbiere, de que alguns deputados da base governista tucana de São Paulo
venderiam emendas para ONGs (Organizações Não-Governamentais),
empreiteiras e prefeituras. Até hoje não se tem notícia das ações que o
governo estadual adotou para apurar as gravíssimas acusações.
Pelo contrário: foram encerrados os trabalhos da Comissão de Ética da
Alesp, que poderia apurar o caso. Uma CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) poderia ter sido criada para investigar a denúncia, mas
botaram uma pedra em cima. Vale lembrar também que foi preciso o STF
(Supremo Tribunal Federal) determinar a imediata instalação de CPIs na
Alesp para que elas iniciassem os trabalhos, pois a prática que o
governo tucano fixou é a de impedir a instalação das comissões de
investigação.
Mais:
*Ajusticeiradeesquerda
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