Resenha de “A Privataria Tucana” causa demissões
Sanguessugado do Escrivinhador
Juliana Sada
O
jornalista Elio Gaspari denunciou hoje a demissão de jornalistas por
conta de uma resenha do livro “A Privataria Tucana”. As cabeças teriam
sido pedidas diretamente por Sérgio Guerra, presidente do PSDB.
Amaury
Ribeiro Jr., autor o livro, se pronunciou e criticou a atitude: “Pedir a
cabeça de jornalista é um golpe contra a liberdade de imprensa”.
Reproduzimos a seguir a coluna de Elio Gaspari e o comentário de Amaury. (Juliana Sada)
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Patrulha e censura
Por Elio Gaspari, na Folha de S. Paulo
Diga qual foi a publicação onde aconteceu isso:
Tendo
publicado em seu site uma resenha favorável a um livro, ela foi
denunciada pela direção de um partido político e daí resultaram os
seguintes acontecimentos:
1) A resenha foi expurgada.
2) O autor do texto foi dispensado.
3) Semanas depois o editor da revista foi demitido.
Isso
aconteceu na revista “História”, o livro resenhado foi “A Privataria
Tucana”, a denúncia partiu do doutor Sérgio Guerra, presidente do PSDB, o
jornalista dispensado foi Celso de Castro Barbosa e o editor demitido
foi o historiador Luciano Figueiredo.
Em nove
anos de poder, não há registro de que o comissariado petista com suas
teorias de intervenção na imprensa tenha conseguido desempenho
semelhante.
A revista é editada pela Sociedade
de Amigos da Biblioteca Nacional, que pouco tem a ver com a
administração da veneranda instituição. No episódio, sua suposta amizade
ofendeu a ideia de pluralidade essencial às bibliotecas.
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Demitidos por resenhar A Privataria Tucana
Jornalista
e editor foram demitidos por escrever e publicar sobre o livro A
Privataria Tucana no site da revista História, você concorda com isso? O
autor da Privataria, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. não concorda e
coloca a boca no trombone.
“Isso mostra a
verdadeira faceta de um partido que se diz democrático, é um absurdo
essas atitudes vergonhosas e ultrapassadas. Porque eles não respondem as
denúncias do livro? Falaram que me processariam, mas até agora nada
disso aconteceu, como diz um velho jurista, ‘Contra fatos não há
argumentos’. Pedir a cabeça de jornalista é um golpe contra a liberdade
de imprensa, mas infelizmente isso está se tornando uma rotina no país,
principalmente quando se produz matérias contra os tucanos, aí você
inclui os mais bicudos”, desabafa Amaury.
*GilsonSampaio
Chebola: Quem quiser ler o livro em PDF é só me pedir envio por e.mail.
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