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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, abril 16, 2012

De acordo com a imprensa corrupta brasileira, Hillary Clinton não pode se divertir. Parabéns secretária!

Após a cerveja, Hillary vem ao Brasil




Em Cartagena, Hillary aproveitou para conhecer uma boate colombiana (STR/AFP)
Em Cartagena, Hillary aproveitou para conhecer uma boate colombiana

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, inicia a partir de hoje uma série de compromissos oficiais no Brasil. ela tinha a chegada confirmada para a madrugada. Seus compromissos incluem reuniões com entidades brasileiras da indústria e do comércio, além de um encontro bilateral com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Amanhã, Hillary comparece, ao lado da presidente Dilma Rousseff, da 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para Governo Aberto, lançada há oito meses pelos dois governos para debater meios de prevenir a corrupção, promover a transparência e utilizar novas tecnologias para o empoderamento dos cidadãos.

Esta manhã, Hillary e a delegação americana participam da 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global Brasil-EUA. O objetivo do evento é aprofundar os acordos que os EUA e o Brasil assinaram durante a visita do presidente Barack Obama ao Brasil em 2011 e a recente visita da presidente Dilma aos EUA. Em seguida, a secretária de Estado norte-americana participa de uma cerimônia na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), promovida pela entidade e pela Câmara Americana de Comércio (Amcham). A viagem também tratará dos detalhes sobre o funcionamento dos novos consulados em Belo Horizonte e Porto Alegre.

Hillary desembarca no Brasil depois de ser fotografada dançando e bebendo cerveja em um bar de Cartagena, Colômbia, com membros da delegação norte-americana durante a Cúpula das Américas. (PF)

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