Dilma visita MIT e assina convênio para criação de centro de inovação tecnológica no Brasil
Instituto de Tecnologia da Aeronáutica, em São José dos Campos, será o beneficiado pelo acordo
Dilma Rousseff é recebida por Susan Hockfield, presidente do Massachussets Institute of Technology (MIT), em Boston |
BOSTON, EUA
- A presidente Dilma Rousseff dobrou a aposta na importância da
inovação tecnológica para o desenvolvimento do Brasil, ao visitar o MIT
(Massachusetts Institute of Technology), um dos maiores centros de
pesquisa do mundo. Ela presidiu a assinatura de um convênio com o MIT
para a montagem, dentro de seis meses, de um centro de inovação no ITA
(Instituto de Tecnologia da Aeronáutica), em São José dos Campos (SP).
- O século XXI é o século do conhecimento, e da capacidade de cada uma
das pessoas de trabalhar na construção de um mundo mais rico, mas também
mais justo e mais pacífico. Quero me comprometer publicamente a dar
suporte a esta parceria com o MIT, que hoje muda de patamar - disse
Dilma.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, explicou como vai funcionar o centro de inovação.
- Vamos diversificar para novas áreas, não só engenharia aeronáutica,
mas sempre associadas à pesquisa de novos materiais, com foco na
inovação. Associar a capacidade de engenharia que o ITA com a base
industrial produtiva do país. A marca mais importante do MIT é
transformar ideias em ação. É isso que nós queremos no Brasil, é isso
que vai dar um salto de qualidade na economia do Brasil - disse o
ministro.
A reitora do MIT, Susan Rockfield, lembrou que o fundador do ITA foi um ex-reitor do MIT, Richard Smith.
- Hoje estamos renovando uma parceria que permitirá ao ITA dobrar seu número de estudantes de graduação - disse Susan.
O ITA tem 120 estudantes na graduação. Já o MIT tem 10 brasileiros na
graduação e 40 na pós-graduação. A maioria deles estava ontem reunida
para cumprimentar a presidente Dilma. Os irmãos gêmeos André e Flávio
Calmon, de 27 anos, ambos doutorandos, ouviram de Dilma um pedido para
que voltassem para o Brasil.
- Respondemos que esta é a nossa vontade. Queremos fazer diferença no Brasil, seja na pesquisa ou na indústria - disse André.
- O Brasil não pode mais ficar só olhando e imitando, tem que inovar, e
somos um dos povos mais criativos do mundo - completou Flávio.
A estudante de graduação em física e ciência política Karine Yuki ficou emocionada ao encontrar a presidente.
- Achei fantástica a iniciativa de investir em ciência e tecnologia. Estava faltando isso no Brasil - disse Karine.
Os estudantes elogiaram o programa Ciência sem Fronteiras, que tem como
meta enviar 101 mil estudantes brasileiros para estudar no exterior. O
programa também prevê estímulos para que pesquisadores estrangeiros
passem a trabalhar no Brasil.
*esquerdopata
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